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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Coluna da quarta-feira por Magno Martins



OAB quer melar o jogo

A OAB garante que a reeleição do presidente da Assembleia, Guilherme Uchoa (PDT), para um quinto mandato, é inconstitucional e só está esperando o tempo certo para tentar impugnar a candidatura do pedetista, numa primeira instância com o registro formal da chapa, ou em última, já com o resultado do pleito.

Como não há uma judicialização de imediato, Uchoa preferiu não se pronunciar sobre a decisão da OAB. “Não vou falar sobre teoria”, afirmou, referindo-se ao fato de não haver recurso formal da OAB. Havendo ou não, o fato é que a interferência da instituição cria um ambiente desconfortável para o Legislativo.

Cria, sobretudo, para Guilherme Uchoa, que está absolutamente seguro de que, politicamente, sua reeleição já está no papo, tanto pelo elevado número de apoios que tem na Casa quanto pela sinalização já dada pelo governador eleito Paulo Câmara. Cotado para ser o candidato do PSB, Waldemar Borges foi escolhido líder do Governo.

Já Aluízio Lessa, que também chegou a ter seu nome ventilado para uma eventual disputa, ficou de fora do secretariado, porque está de olho na primeira-secretaria da mesa diretora, ocupada hoje pelo deputado João Fernando Coutinho (PSB), eleito deputado federal.

Como juiz aposentado e conhecedor da legislação vigente, Uchoa não acredita que a tese da inconstitucionalidade prospere tendo em vista que precedentes de Casas legislativas em que houve um quinto mandato da mesa, no caso o do Estado do Ceará. A OAB pode estar botando a sua colher onde não deveria e sair deste episódio fragilizada, para não dizer derrotada.

DISPUTA– O PMDB e o PT decidiram medir forças pela presidência da Câmara dos Deputados. O líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), está em campanha, e na sua lista de apoios constam PR, PSC, PTB e Solidariedade. Arlindo Chinaglia, ex-presidente da Casa, está largando agora e, para se viabilizar, terá de detonar o apoio que Cunha tem entre os aliados do governo. A briga tende a pegar fogo na base governista.


Negociação atrapalhada– O vereador recifense Raul Jungmann (PPS) confirmou que está renunciando ao mandato para assumir vaga na Câmara dos Deputados na condição de quarto suplente. O engraçado é que, segundo ele, a sua suplente no Recife, Vera Lopes, fará oposição a Geraldo Júlio. Sendo assim, de que adiantou o PSB abrir vaga para Jungmann em Brasília?

Faxina geral– O governador eleito Paulo Câmara deu aval ao secretário de Defesa, Alessandro Carvalho, a fazer uma limpeza geral no comando da Polícia Militar e também na Polícia Civil. Os nomes devem ser levados para a sua avaliação antes da primeira reunião do secretariado, prevista para o próximo sábado.

Cara a cara– O Tribunal Regional Eleitoral marcou para a próxima sexta-feira a diplomação dos eleitos. Depois da crise gerada na aliança governista pelo anúncio do secretariado, o governador eleito Paulo Câmara e o senador eleito Fernando Bezerra estarão lado a lado. Se quiser evitar o constrangimento, FBC pode pegar o diploma depois na sede do TRE.


O caminho das pedras– Cada vez mais distante da Frente Popular, pela qual foi eleita, o senador Fernando Bezerra Coelho já estaria se entendido com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, para ingressar na legenda, reforçando assim a base de apoio do Governo Dilma no Senado. O que se diz em Brasília é que Kassab será ministro de Cidades.

EMPETUR– O novo secretário estadual de Turismo, Felipe Carreras, ainda não escolheu o presidente da Empetur. Hoje, ele tem sua primeira reunião de transição com o atual secretário Romeu Baptista e só na semana que vem tratará de discutir nomes com o governador eleito.

MISSÃO– O atual secretário de Agricultura, Aldo Santos, teve, ontem, uma longa conversa com o governador eleito Paulo Câmara. E deve receber uma nova missão no próximo governo. Quem conversou ontem também com Câmara foi o atual secretário, Marcelo Canuto.

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