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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

PSDB, DEM e PSB já se articulam para eleição de 2016


Aécio Neves (PSDB) e José Agripino (DEM) são os líderes dos partidos na nova articulação - Ailton de Freitas / Agência O Globo

De O Globo - Maria Lima

Passado o embate das eleições, as cúpulas de PSDB, DEM e partidos como o PSB, que integraram a aliança tucana no segundo turno, já começam a montar o tabuleiro com as peças que mais mexerão durante a próxima legislatura, tendo em vista as eleições municipais de 2016. A ideia é ganhar o maior número possível de prefeituras de capitais e grandes centros. Esse xadrez passa também pela eleição dos presidentes da Câmara e do Senado, em fevereiro.

Pelo menos em relação à disputa do comando da Câmara, por enquanto o PSDB, do senador Aécio Neves (MG), e o DEM, do senador José Agripino (RN), estão divididos sobre a melhor estratégia. Os tucanos estão alinhados com a candidatura alternativa do deputado Júlio Delgado (PSB-MG), no primeiro turno, contra o candidato favorito, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), e o candidato do PT, a ser anunciado nesta semana. Há conversas ainda não definitivas com Cunha, mas Agripino acha que a melhor tática é apostar tudo no atrito entre PMDB e PT.

Ele acredita que o fato de Cunha e Dilma “se detestarem”, na presidência da Câmara o peemedebista facilitaria a tramitação de medidas, responsabilizando a presidente caso a crise da Petrobras revele provas disso. O que não aconteceria com um presidente do PT.

Juntos na obstrução

No ano passado, na articulação para se aproximar dos paulistas, o nome do senador Cássio Cunha Lima (PB), mais próximo de Aécio até então, foi retirado da disputa para o posto de líder. A certeza geral é a de que a atuação das oposições no Congresso, daqui para a frente, terá uma outra visibilidade e repercussão depois do bom resultado de Aécio nas urnas.

— Qualquer ação da oposição agora tem ressonância enorme na sociedade. Antes, a gente falava na crise, e ninguém dava bola. Agora começa a doer no bolso e o discurso tem ressonância — avalia a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO).

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