Cidades da Paraíba podem ter que devolver ambulâncias entregues pelo Ministério da Saúde , em 2010, para funcionamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em função de pendências com o governo federal. Na quinta-feira (27) uma audiência no Ministério Público em João Pessoa, promotores discutiram a gestão da rede Samu no Estado. Na reunião ficou decidido que os gestores dos municípios terão que tomar providências para regularizar o funcionamento dos veículos ou então correrão o risco de perdê-los.
No dia 25 de setembro uma reportagem do Fantástico percorreu sete estados mostrando a situação precária do Samu. Na Paraíba, um dos estados que mais receberam ambulâncias no ano passado, foi constatado que dos 160 novos carros 90 ainda estavam parados e nunca haviam sido utilizadas para atender a população.
Durante a audiência de quinta-feira, a coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Saúde, Adriana Amorim, explicou que o MP recomendou que os promotores, nas suas respectivas comarcas, cobrem dos prefeitos providências para colocar as ambulâncias em funcionamento.
Ainda de acordo com Adriana, apesar da entrega das ambulâncias, alguns municípios não tinham a capacidade de colocar o serviço de Samu para operar. “O Ministério da Saúde colocou prazos para os municípios atenderem aos critérios mínimos para o funcionamento do Samu sob pena de recolher essas ambulâncias”, disse.
O secretário de Saúde do Estado, Waldson de Souza, que também esteve na audiência informou que o Ministério da Saúde estabeleceu prazo até dezembro para as ambulâncias entrarem em funcionamento senão elas deverão ser devolvidas. Ele disse ainda que as prefeituras que não tiverem condições de cumprir as pendências neste prazo terão que entregar o veículo para ser remanejado para outra cidade.
Segundo o coordenador de Urgência e Emergência da Saúde estadual, Walber Frazão, das 160 novas ambulâncias do Samu recebidas pelo Estado, em 2010, 84 já estão operando e 76 estão paradas.
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