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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Mendonça estreia na tribuna denunciando “estelionato eleitoral”


O líder do DEM na Câmara Federal, deputado Mendonça Filho (PE), estreou na tribuna nesta terça-feira dizendo que a reeleição da presidente Dilma Rousseff representou para o país o maior “estelionato eleitoral” de todos os tempos.

Segundo ele, a presidente desmoralizou o seu próprio discurso porque depois que tomou posse para o segundo mandato fez exatamente o contrário do que prometera na campanha eleitoral: elevou os juros, subiu o preço da gasolina e dos combustíveis e subtraiu direitos trabalhistas.

Um pouco antes, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse que a permanência de Graça Foster na presidência da Petrobras até esta terça-feira foi útil para o governo a fim de que a presidente Dilma Rousseff pudesse se “anistiar de suas responsabilidades”.

“Certamente ser amigo da presidente da República, hoje, é muito pior do que seu adversário. O que ela fez com a presidente Graça Foster não se faz com um inimigo. Permitiu que assumisse um desgaste enorme nesse último período, como isso pudesse defendê-la ou anistiá-la das suas responsabilidades. E no momento em que fica insustentável a presença da Graça Foster, ela anuncia ou pelo menos sinaliza com a sua saída”, disse o senador mineiro.

Acrescentou que “a presidente Dilma, num gesto até de pouca generosidade com a sua amiga, permitiu que ela assumisse sozinha uma responsabilidade que não é só dela. A responsabilidade pelos desmandos e pela corrupção na Petrobras começa muito antes da presidente Graça Foster. E ela, ao aceitar a missão e tentar limpar a cena do crime, passa a ser parte do mais triste momento da história da maior empresa brasileira”.

E concluiu: “Eu disse há várias semanas que era insustentável a permanência da Graça Foster, não porque eu acredite que ela tenha se beneficiado com a corrupção, mas foi leniente ou não teve capacidade de administrar a nossa empresa. O maior problema da Petrobras, além da corrupção, é um problema gravíssimo de governança, com prejuízos sucessivos, agravados agora por esses referentes às refinarias iniciadas no Nordeste, que já contabilizam agora prejuízos em torno de R$ 2 bilhões. E quem responde por isso? Ninguém. Não. É por isso que nós já estamos iniciando a coleta de assinaturas para que a nova CPMI seja instalada”.

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