Andréia dos Santos Pereira era deficiente auditiva e foi sepultada nesta sexta.
Delegado responsável pelo caso afirmou que não descarta homicídio.
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A Polícia Civil analisou imagens de câmeras de monitoramento e já identificou os suspeitos de espancar até a morte uma cozinheira em Guarujá, no litoral de São Paulo, nesta quinta-feira (4). Andréia dos Santos Pereira, de 40 anos, foi sepultada na tarde desta sexta-feira (5).
De acordo com testemunhas, Andreia, que era deficiente auditiva, foi assassinada após ter sido agredida repetidamente por homens que tentaram assaltar o estabelecimento onde ela trabalhava. A vítima sofreu diversos ferimentos pelo corpo por conta de agressões com equipamentos utilizados no local onde a cozinheira trabalhava. Segundo a Polícia Civil ela sofreu traumatismo crâniano. Até o momento, ninguém foi preso.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Wagner Camargo Gouveia, três suspeitos foram identificados. "Analisando as imagens de monitoramento próximas ao local e combinando com informações de comerciantes que trabalham pelo local, identificamos três rapazes suspeitos de participar do crime", disse.
Gouveia explica que nas imagens, é possível identificar três rapazes, que podem ser adolescentes, com roupas de surf e correndo. Ainda de acordo com o delegado, o local onde a vítima foi encontrada era algo similar a uma cozinha industrial, separada do comércio.
No momento, a polícia não descarta nenhuma linha de investigação. "Inicialmente, a ocorrência foi de roubo e, após a morte da vítima, se tornou um latrocínio. No entanto, esse crime tem características bem anormais. Tem a questão da vítima ser deficiente auditiva, que pode ter influenciado na brutalidade do crime. Além disso, recebemos a informação de que a cozinheira também era homossexual. Então, por conta desses fatores, existe também a possibilidade do assassinato", afirmou o delegado.
Delegado responsável pelo caso não descarta homicídio (Foto: Guilherme Lucio/G1) |
Sepultamento
A cozinheira foi sepultada nesta sexta, no Cemitério Consolação, em Vicente de Carvalho. Familiares e amigos deram o último adeus à Andréia e pediram por justiça.
A cozinheira foi sepultada nesta sexta, no Cemitério Consolação, em Vicente de Carvalho. Familiares e amigos deram o último adeus à Andréia e pediram por justiça.
O filho da vítima, Matheus Albuquerque, de 16 anos, confessa que não confia nas leis do país. “Com essas leis não dá pra confiar na Justiça, deveria ser mais rigoroso. Minha mãe era uma pessoa do bem, não fazia mal a ninguém. Eu quero me despedir da minha mãe, mas não consigo por causa dessa crueldade”, conta.
O irmão de Andréia, José Santos Pereira, de 36 anos, que também é deficiente auditivo, disse com a ajuda de uma professora de libras, que foi difícil receber a notícia, pois ninguém conseguia explicar o que realmente tinha acontecido, em linguagem de sinais. Ele conta que a irmã era uma pessoa muito querida e que todos gostavam muito dela.
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