.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Tiques nervosos atingem uma em cada seis crianças

Os movimentos ou sons repentinos e repetitivos, alheios à vontade e controle da pessoa, são mais frequentes do que se acredita nas crianças. Eles afetam uma em cada seis, 16,86%, embora costumem desaparecer ou diminuir com a idade.


"Antes se achava que era um transtorno raro e, como unicamente era estudado em pacientes que se consultavam por causa disso, só se viam tiques nervosos graves. Agora se sabe que a maioria são transtornos leves, que não têm repercussão funcional", explicou a neurologista Esther Cubo.


Segundo o neuropediatra Emilio Fernández-Álvarez, do Hospital Sant Joan de Déu, em Barcelona, "os tiques nervosos não são uma doença mental nem podem causar uma patologia deste tipo. As crianças que apresentam tiques nervosos têm níveis de inteligência perfeitamente normais".


Sacudir ou inclinar a cabeça, roer as unhas ou os lábios, tapar a boca com a mão, mexer no cabelo toda hora, franzir a testa, esticar o pescoço, pigarrear, tragar saliva, arrancar pelos dos supercílios, ficar piscando ou fechando os olhos, entre outros.


O repertório de tiques nervosos, essas contrações involuntárias que envolvem um determinado grupo de músculos, é tão amplo como grande a preocupação dos pais, quando observam que seu filho ou filha adotou o "desagradável costume" de realizar estes movimentos de forma repetitiva e frequentemente espasmódica.


Quando o corpo se rebela


"Na criança, os tiques nervosos adotam muitas formas, mudam de forma e ao longo de sua evolução variam em sua localização como em sua intensidade. Podem se dividir em tiques nervosos motores simples, que implicam um só músculo ou grupo muscular, tiques nervosos motores complexos (um movimento elaborado que envolve vários grupos musculares, e tiques nervosos fônicos, quando se expressa com vocalizações, ruídos simples ou linguagem articulada", explicou o neuropediatra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário