A tarifa média cobrada pelas operadoras de celular caiu de R$ 0,40 por minuto, no fim de 2008, para R$ 0,20 no início de 2012 — uma redução de 50% em dois anos. O consumidor brasileiro, porém, ainda é penalizado pelo preço das ligações para operadoras diferentes da que mantém a conta — e que é a mais cara do mundo.
As informações foram divulgadas ontem em São Paulo, pela desenvolvedora de software Pricez e pela consultoria Teleco. “Nas ligações para outras operadoras, as chamadas off net, o Brasil ainda tem as tarifas mais caras do mundo. Mas, nas ligações para a mesma operadora, temos preços muito competitivos e que estão derrubando o valor médio do minuto”, afirmou Eduardo Tude, presidente do Teleco.
O fator que mais contribui para a queda no preço da tarifa de celular é o aumento da concorrência e a disputa das operadoras para a conquista de novos clientes. Por conta dessa corrida entre as prestadoras do serviço, estão ativos no mercado 4 milhões de combinações de planos e promoções por DDD, segundo calculou a Pricez.
“Com tantas opções, é impossível para o cliente, sozinho, pesquisar, escolher o plano e ter a certeza do melhor preço”, avalia Diego Oliveira, presidente da Pricez.
A empresa desenvolveu um software que faz essa comparação, sob medida e gratuitamente. A partir de perfis de consumo definidos pela Organização Internacional de Telecomunicações, a Pricez simulou quais são os planos mais baratos para quem tem consumo alto, médio e baixo em planos pós-pagos.
Nos dois primeiros quesitos, a Oi é a operadora com menor tarifa. Para quem tem consumo intenso, o plano eleito foi o “Oi à vontade 600”. Para consumo médio, o “Oi à vontade 220” é o mais em conta. Para quem usa pouco o celular no pós-pago, porém, a melhor alternativa, segundo a simulação, é escolher o “Fala mais Brasil com bônus”, da Claro.
No pré-pago, quem recarrega R$ 10 no mês, encontra a tarifa mais em conta no “Tim infinity Pré”. Para recarga de R$ 20, o “Oi Cartão Ilimitado” é o que menos pesa no bolso. Em recargas de R$ 30 o “Oi Cartão Ilimitado” é o que tem melhor tarifa ao consumidor.
Embora a Oi ofereça o menor preço em quatro das seis categorias, a empresa é a segunda mais reclamada entre as operadoras de telefonia móvel na Fundação Procon de São Paulo — 754 reclamações em 2011, aumento de 46% sobre o total reclamado em 2010.
Em nota, a Oi diz que assumiu compromisso com o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) de “interação colaborativa para assegurar a qualidade no atendimento" e que, entre 2010 e 2011, registrou queda de “15,7% nos atendimentos nos Procons de todo o país”. Já a Claro disse que não faria comentários até conhecer melhor os critérios utilizados na pesquisa.
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