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domingo, 4 de agosto de 2013

Eduardo está no jogo ainda que não queira


Equivaleria a um jogo lotérico dizer se Eduardo Campos será ou não candidato a presidente da República em 2014 porque ele próprio está indeciso. Mas de sua movimentação política já se pode tirar algumas conclusões. Primeira: há quatro pré-candidatos na disputa e ele é um desses quatro ao lado da presidente Dilma, da ex-senadora Marina Silva e do senador Aécio Neves. Se terá ou não condições políticas de levar adiante esse projeto, são outros quinhentos.
Segunda: mesmo estando quieto no seu canto, priorizando visitas ao interior de Pernambuco, em vez de estar viajando pelo país como gostariam seus correligionários, ele será um ator muito importante na sucessão do próximo ano. Pois nem Lula, nem Dilma, nem Aécio e nem Marina fará qualquer movimentação sem antes procurá-lo. Ele acumulou forças sem dizer que é candidato e ainda que abdique do projeto pode ser o fiel da balança na hora das definições.
Terceira: O Brasil está sinalizando que quer uma coisa nova no governo, que inspire confiança, tal como fez em 89 ao eleger Collor contra Lula, em 94 ao eleger FHC contra Lula de novo e em 2002 ao eleger Lula contra José Serra. É cedo ainda para se saber se o “novo” será Eduardo Campos. Mas a gestão que ele faz em Pernambuco o credencia para apresentar-se como tal.
Ausência – Eduardo Campos faltou ao casamento de Pedro Bezerra Coelho, filho do ministro Fernando Bezerra, que ocorreu ontem em SP. O vice João Lyra Neto foi.
Agenda – Quinta-feira à noite é que foi confirmada a visita do governador, ontem, a Santa Cruz do Capibaribe, para inaugurar obras com o prefeito Édson vieira (PSDB).
Convite – Pré-candidato ao governo de MT, o senador Pedro Taques (PDT) convidou o colega Armando Monteiro (PTB-PE) para proferir palestra, ontem, na Federação das Indústrias daquele Estado. O petebista também é candidato a governador com uma proposta “desenvolvimentista”.
Atraso – O médico Gilvaney Venâncio, que dirigiu a Gerência Regional de Saúde de Afogados da Ingazeira no governo Joaquim Francisco, encerrou sua temporada de plantões no Hospital Regional de Arcoverde porque estava há 90 dias sem receber salário.
O pai – Syleno Ribeiro de Paiva, pai do futuro presidente regional do PT, Bruno Ribeiro, foi o braço direito de Petrônio Portela no Ministério da Justiça durante o governo do general João Figueiredo. Cria política do governador Cordeiro de Farias (1955-1958), Syleno teve um papel relevantíssimo na redação da Lei da Anistia em 1979.
O novo – Além de João Lyra Neto, Tadeu Alencar, Fernando Bezerra Coelho, Fernando Figueira e Paulo Henrique Câmara, surgiu mais um nome no PSB como possível aspirante do partido à sucessão estadual de 2014: Milton Coelho, ex-vice-prefeito do Recife e atual secretário do governo.
Igualdade – Diferentemente do que pensam certas lideranças do PT, se o candidato a presidente em 2014 for Lula, e não Dilma Rousseff, o quadro não se alterará. Em Santa Catarina, por exemplo, Dilma tem 22% de intenções de voto e Lula 23%. A rejeição do eleitor é ao PT e não a petistas.
A carga – Setor mais mal avaliado pelos brasileiros, a saúde recebe tratamento diferenciado por parte do governo estadual. Foram inauguradas nos últimos 8 dias as UPAs de Garanhuns e de Petrolina e há outras 10 para inaugurar. Além disso, o Hospital Mestre Vitalino (Caruaru), está concluído.
O azar – O PT não teve sorte no governo Dilma Rousseff. Seus governadores Tarso Genro (RS), Jaques Wagner (BA), Marcelo Deda (SE) e Tião Viana (AC) estão muito mal avaliados. E Sérgio Cabral (RJ), que é o peemedebista mais próximo da presidente, não tem condições de sair às ruas.

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