O ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro Neto, ofereceu um jantar a um grupo de jornalistas pernambucanos, no Dom Francisco, na beira do lago Paranoá, para falar de sua missão à frente da pasta, mas quem acabou roubando a cena foi o aliado Silvio Costa, fiel escudeiro e deputado federal pelo PSC. Em estado de graça com a elevação do amigo ao primeiro escalão do governo Dilma, Silvio Costa revelou que está escrevendo um livro de causos da política local e nacional.
“O bom humor é a alma da vida”, disse, acrescentando que a edição irá para a rua quando completar os 100 causos. Atualmente, a lista soma 68 causos.
A vereadora do Recife Marília Arraes, do PSB, também prestigiou o jantar, depois de ter feito campanha estadual no Estado ao lado do PTB, após um racha no próprio partido.
No encontro, Silvio Costa aproveitou para defender a tese de que a oposição nacional era burra. “O jogo da oposição deveria ser eleger Arlindo Chinaglia. Com isto, deixariam Eduardo Cunha com raiva de Dilma”, ensinava. Ele contava a todos que passou o dia tentando ligar para Jarbas, para demovê-lo da ideia de fazer campanha e votar em Eduardo Cunha.
Muito à vontade, especialmente depois de alguns copos de um 12 anos, Silvio Costa não poupava nem o novo ministro com suas brincadeiras. O petebista sugeria que parasse de fumar. “Que coisa rudimentar… fumando”, repreendeu Armando. “Vossa excelência não foi empossado Ministro do Meio Ambiente”, retrucava o frasista.
No encontro com os jornalistas, Armando Monteiro Neto não se furtou a falar da ausência do governador Paulo Câmara, na sua festa de posse. “Nós mandamos o convite e temos como provar que mandamos. Na véspera, me ligou informando que teria outros compromissos e não poderia vir. Eu não iria fazer uma descortesia de não convidar o governador do Estado”, afirmou, desmentindo versões à la Teo Pereira.
Ao falar de 2018, Armando Neto contou que não estava mirando o futuro e que tudo o que queria era se desincumbir bem de suas funções.
Ao falar da política local, quando perguntado sobre a orientação para a eleição da Assembleia Legislativa, Armando Monteiro Neto exportou muito pouco de suas ideias ao mundo exterior. “Espero que tenham juízo”, afirmou, de forma enigmática.
Com alguma espécie de amnésia seletiva, não lembrava o que havia conversado, horas antes, com o senador Fernando Bezerra Coelho, do PSB, que furou a fila para cumprimentá-lo pessoalmente, no auditório do Banco Central. “Não me lembro. Foi coisa de assunto econômico, um instrumento de estímulo ao setor automotivo (do Nordeste)”, despistou.
De muito bom humor, em um dia especialmente feliz, o ministro despediu-se dos convivas com uma brincadeira. “Torçam por mim e, se possível, até rezem”. Na sua posse, estiveram presentes 21 dos 25 parlamentares do partido, quatro dos seis senadores e mais de 15 ministros, em especial toda a equipe econômica.
“O avião que veio de Pernambuco, quando aterrissou em Brasília e freou, foi um derrame de milhares de currículos”, divertia-se Silvio Costa, ao fazer troça com a legião de conterrâneos que prestigiou a posse de Armando Monteiro.
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