Ministro de Temer promete entregar Transposição do São Francisco até o fim do ano
O ministro da Integração Nacional no governo interino de Michel Temer (PMDB), Helder Barbalho, prometeu concluir a Transposição do Rio São Francisco até dezembro. A obra começou há quase dez anos e o atraso na entrega é de seis anos. Barbalho está no Nordeste para visitar canteiros em municípios de Pernambuco, do Ceará e da Paraíba. A promessa foi feita por ele ao chegar a Juazeiro do Norte, no Ceará, na manhã desta sexta-feira (10).
“Determinamos às construtoras que ampliem ao máximo a capacidade de execução das obras para que cumpramos o prazo dado pelo presidente Michel Temer”, frisou. A média mensal de repasses às empreiteiras passou de R$ 150 milhões de R$ 215 milhões para isso e a produtividade deve aumentar em 42%, nas contas do governo.
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Mais tarde o ministro estará em Cabrobó, no Sertão pernambucano, a última cidade visitada por Dilma Rousseff (PT) antes de ser afastada há um mês. Lá, Barbalho vai vistoriar a primeira estação de bombeamento (EBI-1).
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A transposição capta a água do manancial em Cabrobó e, pelo canal de aproximação, faz chegar até a primeira estação de bombeamento do eixo norte. A estrutura eleva a água em 36 metros, altura equivalente a um edifício de 12 andares. De lá, segue por gravidade até a segunda estação (EBI-2) do eixo, num trajeto de 51,6 quilômetros.
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AGRESTE – Só a transposição não é capaz de levar água do Sertão para o Agreste, região também vítima de estiagens. Para isso está sendo construído o Ramal do Agreste, que vai levar a água do eixo leste para a Adutora do Agreste. Orçada em R$ 1,2 bilhão, a obra já foi de responsabilidade do Ministério da Integração, passou para o governo estadual e depois voltou para a gestão federal, sem dar andamento à obra. A adutora, no entanto, não está em situação muito melhor; a construção, iniciada em 2013, está em ritmo lento.
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Barbalho reconheceu que o governo vem fazendo repasses aos estados muito aquém do necessário para a execução das obras complementares. “Nossa intenção é ampliar isso”, afirmou. O ministro disse ainda que já passou para o Estado a necessidade de apresentação de um plano de ações para garantir o desembolso de recursos. “Contudo, é preciso que esse plano apresente funcionalidade para que as cidades, o mais rapidamente possível, sejam abastecidas e a população seja atendida.”
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