O senador Armando Monteiro em vinte anos de trajetória política conseguiu uma ascensão meteórica, tendo sido eleito deputado federal em 1998, reeleito em 2002 e 2006 com expressivas votações, sendo na última vez que tentou o mandato na Câmara dos Deputados o mais votado de Pernambuco. Nas eleições de 2010, candidato a senador, desbancou Humberto Costa e foi o mais votado da disputa naquele pleito.
Todos sabiam do desejo de Armando em ser governador, e em 2014 ele iniciou liderando as pesquisas com 28% das intenções de voto, de acordo com o IPMN de outubro de 2013. Já com as candidaturas colocadas em 2014, ele iniciou o jogo com 43% das intenções de voto contra Paulo Câmara que tinha 11% de acordo com o Ibope de 26 de julho daquele ano. No decorrer da disputa, todos sabem que ele minguou enquanto Paulo Câmara, embalado pela Frente Popular e pela morte de Eduardo, subiu como um foguete e ganhou a eleição no primeiro turno.
De acordo com um levantamento realizado na semana passada, Armando lidera com 23%, contra 13% de Paulo Câmara. Uma diferença que em 2014 era de 32 pontos, hoje é de apenas dez pontos. Mantidas as condições normais de temperatura e pressão, por mais dificuldade que Paulo Câmara enfrente no governo, é urgente entender que ele detém a máquina e a probabilidade desta vantagem de Armando virar pó nos primeiros dias de campanha é gigante. Avaliar diferente é cometer um crasso equívoco de estratégia.
Mesmo assim, Armando Monteiro, que chegou a ser ministro entre 2015 e 2016, não pode ser considerado um pato morto. Pois elegeu prefeituras importantes em 2016 e tem seu quinhão político e eleitoral na engenharia política do estado. A estratégia correta de Armando é não colocar como ponto fundamental a candidatura a governador, reconhecendo a importância de fazer parte de uma ampla frente política. Hoje ele seria favoritíssimo a renovar seu mandato de senador caso participe de uma coligação robusta, e caso esta coligação saia vitoriosa, ele não só teria o mandato de senador com chances de virar novamente ministro em 2019 como garantiria uma importante fatia de um governo que não fosse do PSB.
Campeão – Com 12% das intenções de voto para governador nas duas pesquisas realizadas e divulgadas até o presente momento, o ministro da Educação Mendonça Filho (DEM) caso busque a reeleição para deputado federal, caminha para ser um dos deputados federais mais votados de Pernambuco no próximo ano. Em 2014 Mendonça se reelegeu com 88.250 votos, sendo o penúltimo eleito da Frente Popular.
Informações Edmar Lyra
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