Paulo Câmara quer reparar erro de 2015
Na formatação do secretariado no final de 2014, o governador Paulo Câmara cometeu um equívoco de avaliação que foi a raiz de toda discórdia entre ele e o senador Fernando Bezerra Coelho, eleitos pela mesma chapa em outubro de 2014. Paulo ficou magoado com os supostos movimentos de Fernando junto com João Lyra Neto tão logo ocorreu o acidente com Eduardo Campos no intuito de inverter a chapa, que não se confirmou, e não deu a secretaria de Desenvolvimento Econômico que havia sido alinhavada com Fernando.
A turma do deixa disso já falou para o governador não fazer política olhando pelo retrovisor e ele foi convencido a procurar o senador para uma conversa olho no olho para dirimir qualquer aresta, que deverá ocorrer amanhã durante o Pernambuco em Ação em Petrolina. Há quem afirme que o governador está cogitando reparar a avaliação equivocada que fez em 2015 e abrir um espaço importante para o grupo do senador. Paulo lembrará que não fez óbice a candidatura de Miguel Coelho pelo PSB em Petrolina e também fará um meia culpa por ter permitido os movimentos que tentaram melar a ida de Fernando Filho para a esplanada dos Ministérios.
Além desta sinalização clara de que quer contar com o senador em seu palanque, também entrará no circuito nacional para que haja uma decisão do PSB no intuito de arquivar todos os processos de expulsão contra deputados que votaram a favor da reforma trabalhista, incluindo o ministro Fernando Filho. No Palácio tem muita gente defendendo a reaproximação do governador com o senador e principalmente formalizar claramente uma oferta tentadora ao grupo do senador, que seria disponibilizar o cargo de vice-governador na chapa de reeleição ao ministro de Minas e Energia Fernando Filho.
Em se confirmando o movimento e o senador concordando com a ideia, o governador espera acabar com qualquer rumor de que Fernando Bezerra Coelho ou Fernando Filho seriam postulantes ao cargo dele, e consequentemente neutralizar qualquer possibilidade de esvaziamento do PSB. Após resolver o PSL, os Queiroz de Caruaru e os Coelho de Petrolina, o governador terá mais tranquilidade para buscar outros atores importantes da Frente Popular que estariam insatisfeitos com o Palácio.
Por Edmar Lyra
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