"Dada a gravidade das denúncias e das intervenções diretas da presidente Dilma no comando do ministério, me parece que o governo quer dar mais tempo na construção da saída do que na manutenção do ministro. A situação (de Alfredo Nascimento) é insustentavel. O governo trabalha para dar blindagem ao ministro e ele voltar ao Senado sem que seja questionado ou levado ao Conselho de Ética", avaliou Bruno Araújo, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7.
"Essa saída abrupta poderia colocar (o ministro) numa situação difícil no Senado. O Palácio do Planalto está fazendo uma análise da repercussão e análise política das consequências das denúncias para preservá-lo como presidente de um partido", destacou o tucano.
Sobre a convocação do ministro para reunião das comissões na Câmara, o tucano cogitou a possibilidade do governo realizar manobra para evitar de Alfredo Nascimento prestar esclarecimentos aos deputados. "É possivel que haja manobra para a não vinda do ministro, numa 'operação abafa' do governo como no caso de Mercadante. O governo está atuando e não vamos ser tolos para achar que o governo não tem tamanho", advertiu Bruno Araújo.
Bruno Araújo estranhou o fato da Procuradoria-Geral da República levar bastante tempo para abrir procedimentos contra o ministério, dado ao grande número de denúncias contra o ministério. "Dado ao grande número de denúncias é estranho que procedimentos tenha levado tempo pra vir à tona", reclamou o deputado. O parlamentar lembrou que Alfredo Nascimento é o terceiro ministro que foi à berlinda em seis meses de governo. "Levou Palocci, passou perto de outro ministro (Aluísio Mercadante/PT) e esse é o terceiro ministro fica sob a berlinda da mídia e das oposições por questão de improbidade nos ministérios".
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