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sexta-feira, 17 de maio de 2013

DESTAQUES:

Amanhã, o deputado pernambucano Sérgio Guerra passará às mãos do senador Aécio Neves a presidência nacional do PSDB. Ele foi o presidente que mais tempo passou à frente do partido desde a sua fundação, em São Paulo, no final da década de setenta, por peemedebistas então envergonhados com os rumos da legenda, na ocasião liderada por Orestes Quércia, a exemplo de Mário Covas, Franco Montoro, Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Aloysio Nunes Ferreira e outros.

À frente desse partido com cara de paulista mas de uma riqueza de quadros de fazer inveja ao PT, por exemplo, que governa o Brasil há mais de uma década, Sérgio Guerra soube conciliar os interesses das secções de São Paulo e Minas Gerais, as duas mais importantes da legenda, que sempre viveram às turras desde que José Serra perdeu a eleição para Lula no berço de Aécio Neves. A divergência agravou-se mais ainda após a segunda derrota sofrida por Serra, em 2010, para Dilma Rousseff.

Há seis anos à frente do partido, Sérgio Guerra corria o sério risco de encerrar o seu mandato sem nunca ter tido condições de presidir um ato político com Serra e Aécio, juntos, fora de uma eleição presidencial. Mas deve ter ficado aliviado ao obter de Serra a confirmação de que irá a Brasília, amanhã, participar da convenção que marcará a sua despedida do cargo de presidente. Não dará, ainda, qualquer declaração de apoio à candidatura presidencial de Aécio Neves, mas é o primeiro passo.

A identidade – Marina Silva e Eduardo Campos têm falado a mesma linguagem sobre FHC, Lula e Dilma Rousseff. Ambos dizem que FHC estabilizou a economia, que Lula fez a distribuição de renda e que Dilma Rousseff, pelo menos até agora, não tem marca nenhuma.

O melindre – Ontem, após cerca de 20 horas de debates na Câmara Federal sobre a MP dos Portos, Sílvio Costa (PTB-PE) desagradou à bancada feminina quando foi à tribuna e soltou o verbo: “Infelizmente, uma parte desta Casa é feito mulher de malandro, gosta de apanhar!”

O grito – Ao defender ontem no Senado a rejeição da MP dos Portos, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), nascido em Garanhuns, fez este apelo a Renan Calheiros: “Presidente, faça como fez Nilo Coelho, que foi senador por Pernambuco na década de 70. Vá à tribuna e diga: ‘Eu não sou presidente do Congresso do PMDB, sou presidente do Congresso do Brasil’”.

O recurso – Adailton Monteiro (PSB), candidato derrotado à prefeitura de Verdejante, recorreu ao TSE contra decisão do TRE-PE de reconhecer a validade da vitória de Péricles Tavares (PMDB). Este último, segundo Monteiro, filiou-se ao PMDB fora do prazo e foi indicado para substituir na chapa o irmão, Chico Tavares (PSD), inelegível, a 48 horas da data do pleito.

As palmas – Gonzaga Patriota (PSB) homenageou na Câmara Federal a 1ª mulher negra a comandar uma universidade federal em nosso país. Trata-se de Nilma Gomes, nomeada reitora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, em Redenção (CE).

A verdade – Próximo dia 21, a Comissão Estadual da Verdade vai disponibilizar para consulta toda documentação produzida pela Comissão Nacional sobre o desaparecimento no RJ, em 1974, dos militantes políticos pernambucanos Fernando Santa Cruz e Eduardo Collier Filho.

O boicote – Como já era previsto, o ex-governador de GO, Íris Rezende, “dono” do PMDB estadual, não foi ao ato de filiação ao partido do empresário José Batista Júnior, o “Júnior do Friboi”. O ricaço da carne de boi filiou-se ao PSB em 2012, pelas mãos de Eduardo Campos, para ser candidato a governador, mas o vice-presidente Michel Temer cooptou-o para o PMDB.

Pra frente – A Câmara adiou mais uma vez a votação do projeto de lei de autoria do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) regulamentando o artigo da Constituição sobre criação, fusão e desmembramento de municípios. O adiamento frustrou os deputados José Augusto Maia (PTB) e Odacy Amorim (PT).

O medo – De passagem anteontem por Joinville (SC), Eduardo Campos disse que o seu partido (PSB) acolheria com satisfação o deputado federal Paulo Bornhausen, hoje filiado hoje ao PSD. O parlamentar pode até ter vontade de entrar, mas o carimbo de “socialista”, para o eleitorado dele, é quase palavrão.

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