Diógenis Santos/Câmara - Marco Maia anunciou que aumentará a verba de gabinete dos deputados. "Podem por a manchete em letras garrafais", disse ele
''Deem a manchete em letras garrafais: a Câmara vai conceder reajuste para os servidores dos gabinetes”.
A frase foi dita na semana passada pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), no que pareceu um desafio à opinião pública. Mesmo ciente da possibilidade de que tal medida receba protestos da opinião pública num momento em que se tenta evitar que a crise econômica mundial atinja o Brasil, Marco Maia anunciou que resolveu aumentar a verba de gabinete dos 513 deputados federais, passando-a de R$ 60 mil para R$ 78 mil. Segundo sua informação, isso já poderá estar valendo amanhã (2). “Estamos discutindo quando vamos fazer no momento mais adequado. Devemos conceder esse reajuste a partir de 1º de julho”, completou Maia.
Em princípio, o aumento pode ser feito por um simples ato da Mesa da Câmara. Ao defender o reajuste, Marco Maia argumenta que os funcionários de gabinete, que são de livre contratação dos deputados, não têm aumento há cinco anos. Mas, além de fato de que a decisão do aumento se dá em um momento em que o governo alardeia a necessidade de contenção de gastos para conter o risco da crise econômica, há um outro fator a ser levado em conta: no caso de alguns partidos – não se sabe quantos – a verba a mais, em vez de parar nos bolsos dos funcionários, pode acabar nos cofres das próprias legendas.(Do Congresso em Foco)
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