Os bancários do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) aprovaram, em assembleia nesta quinta-feira (27), no Recife, a proposta da Federação Brasileira de Bancos (Fenaban). Na sexta (28), as agências voltam a funcionar normalmente. Os bancos privados e a Caixa Econômica Federal já haviam decidido, na quarta (26), suspender a greve e retornaram ao trabalho nesta quinta.
De acordo com o Sindicato dos Bancários, o BNB só resolveu aceitar a proposta nesta quinta porque não teve tempo para avaliar na assembleia anterior e o Banco do Brasil preferiu seguir o resultado nacional, pois não dava para manter a paralisação apenas no estado.
A greve em Pernambuco havia iniciado no dia 18 deste mês. No começo desta semana, a paralisação já atingia quase 100% das agências bancárias em Pernambuco, qua somam cerca de 500 unidade. Só o Banco do Brasil tem 173 agências em todo o estado. A proposta da Fenaban foi um reajuste salarial de 7,5% - aumento real de 2,02% pelo INPC.
O piso subiu para R$ 1.519, com reajuste de 8,5%, o que significa 2,95% de ganho real. O piso de caixa também aumentou para R$ 2.056,89, com reajuste de 8,24%, o que representa 2,70% de aumento real, incluindo as verbas de caixa.
O auxílio-refeição passou para R$ 472,15 por mês (R$ 21,46 por dia) e a cesta-alimentação e 13ª cesta-alimentação, R$ 367,90, o que representa reajuste de 8,5%.
Sobre a Participação nos Lucros e Resultado (PLR), ficou a regra de 90% do salário mais R$ 1.540 fixos (reajuste de 10%), com teto de R$ 8.414,34. Caso a distribuição do lucro líquido não atinja 5% com o pagamento da regra básica, os valores serão aumentados para 2,2 salários, com teto de R$ 18.511,54. Já a PLR adicional ficou em 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, com teto de R$ 3.080 (reajuste de 10%).
A antecipação da PLR ficou em 54% do salário mais valor fixo de R$ 924,00, com teto de R$ 5.048,60 e parcela adicional de 2% do lucro líquido do primeiro semestre distribuído linearmente, com teto de R$ 1.540. A antecipação da PLR será paga até dez dias após a assinatura da Convenção Coletiva e a segunda parte até 1º de março de 2013.
A categoria rejeitou a única proposta apresentada pelos bancos durante as negociações, que previa reajuste salarial de 6%, contra os 10,25% reivindicado pelos trabalhadores. Em Pernambuco, há 12 mil bancários, sendo que 80% deles trabalham na Região Metropolitana do Recife.
Além do reajuste salarial, a categoria pede aumento do piso, participação nos lucros, Plano de Cargos e Carreiras, mais contratação, mais segurança nas agências, diminuição das tarifas bancárias e dos juros. Segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o piso salarial dos bancários brasileiros é um dos mais baixos do continente.
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