A relação entre senador e governador eleito de Pernambuco, respectivamente Fernando Bezerra Coelho e Paulo Câmara, ambos do PSB, permanece protocolar, 14 dias depois do anúncio do futuro secretariado. Ontem, cerca de duas semanas depois de criticar, por meio de nota, o que considerou falta de diálogo de Câmara durante a montagem do primeiro escalão, Fernando Bezerra Coelho falou sobre o aliado de forma institucional.
Deu sugestões para manter o crescimento de Pernambuco - como construir um novo porto no Litoral Norte e se reaproximar do Palácio do Planalto -, mas não citou o 'nós' ao falar da futura gestão. 'A gente virou a página. Ele escalou o time. Sabe que vai contar comigo. Agora, o time vai precisar suar a camisa', declarou, depois de ressaltar inúmeros projetos em parceria do Estado com o governo Dilma, algo que, para ele, pode tornar Pernambuco um oásis em meio à crise econômica.
Bezerra Coelho falou sobre a relação com Paulo Câmara ao visitar o Diario de Pernambuco, onde foi recebido pelo presidente dos Diários Associados no Nordeste, Joezil Barros, pelo diretor geral dos Diários Associados no Nordeste, Guilherme Machado, e pelo vice-presidente institucional, Gladstone Vieira Belo. As palavras foram mais comedidas.
Indagado se sabia quem estaria à frente do Porto de Suape, menina dos olhos do futuro governo, demorou a responder, depois apostou no nome de Thiago Norões, referindo-se a ele como 'o ex-procurador'. Norões ocupará o cargo de secretário de Desenvolvimento Econômico, o mesmo que foi delegado a Bezerra no governo Eduardo e para o qual ele havia sugerido um outro nome.
Questionado sobre se continuava estremecido com Paulo Câmara, entretanto, Fernando Bezerra negou. Disse que havia conversado com ele após o episódio da indicação do secretariado, mas não revelou conteúdo. 'Foi uma conversa boa. Ele falou as coisas dele, eu falei as minhas...'.
Do Diario de Pernambuco - Aline Moura
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