O Instituto Nacional do Câncer (Inca) recomenda que especialmente neste verão e durante o período de férias as pessoas estejam atentas para o uso do protetor solar. Estimativas do instituto indicam que o Brasil deve registrar este ano 140.400 novos casos de câncer de pele, sendo 65.850 em homens e 74.550 em mulheres. A doença é o tipo de câncer mais comum em pessoas com mais de 40 anos.
Na Paraíba, segundo o Inca, o câncer de pele deve encabeçar o ranking de novos casos de neoplasias este ano. O Inca revela que 30,93% dos novos casos de neoplasias no Estado, o que corresponde a 2.280, devem ser de câncer de pele. A maior incidência deve atingir as mulheres, cuja estimativa é de 1.220 novos casos. Já a população masculina deve registrar 1.060 novos casos. O levantamento indica que 7.370 novos casos de câncer podem ser registrados este ano no Estado.
A exposição ao sol em excesso e sem proteção são apontados como fatores de risco pelo instituto do câncer. A recomendação é que as pessoas estejam atentas para o uso do protetor solar, sobretudo durante o período de férias de verão.
A orientação, de acordo com o Inca, é aplicar o filtro solar meia hora antes de sair de casa e reaplicá-lo a cada duas horas. O protetor também deve ser reforçado após mergulhos ou em casos de suor intenso. Pessoas de pele clara, sensível à ação dos raios solares ou com doenças cutâneas prévias são as principais vítimas do câncer de pele.
Outro conselho é o uso de roupas confeccionadas com tecidos que têm proteção solar, produzidos com tecnologia especial.
Alguns desses materiais, segundo o órgão, chegam a bloquear 98% dos raios ultravioleta.
Em relação ao Fator de Proteção Solar (FPS), a indicação é utilizar, no mínimo, filtro solar número 15. É preciso ainda evitar a exposição ao sol entre as 10h e as 16h, além de usar chapéus, guarda-sol e óculos escuros.
Pessoas que trabalham em exposição direta ao sol, como salva-vidas, pescadores e vendedores ambulantes de praia, estão mais suscetíveis à doença e devem redobrar os cuidados.
A dermatologista Sandra Carvalho explica que os riscos são maiores nos casos de pessoas que não ficam bronzeadas. “As pessoas de pele e olhos claros que quando se expõem ao sol ficam vermelhas e não se bronzeiam são as pessoas mais propensas para desenvolver o câncer de pele”, ressaltou. Os cuidados devem se estender ao uso de protetores solares e de objetos e roupas que contribuam para exposição com cuidado.
O câncer de pele mais agressivo, segundo o Inca, é o melanoma. O primeiro sinal do aparecimento da doença é uma mancha que após um determinado período muda de cor e cresce, tomando a aparência de uma ferida que nunca cicatriza. Mas, segundo a dermatologista, o câncer de pele tem cura quando diagnosticado e tratado precocemente.
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