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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Oposição ressurge da base



A política é por si só muito dinâmica. Quem diria que a oposição ressurgisse em Pernambuco pelas mãos dos dois senadores eleitos em 2010 na chapa de Eduardo!

Quem diria, igualmente, que o próprio Eduardo, que fez juras de amor a Dilma, se insurgisse contra sua reeleição como um dos principais adversários dela!

Em política, os fatos, entretanto, se explicam. No caso dos senadores Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro (PTB), este candidato a governador, são protagonistas do campo adversário porque a oposição não tinha mesmo de onde ressurgir se não dentro da própria base de Eduardo.

Em dois mandatos, Eduardo agregou em torno do seu Governo a maior aliança que se tem história em Pernambuco. Restaram apenas uns gatos pingados na Assembleia Legislativa, alguns deles disfarçados, porque na prática votaram muitas vezes com o Governo.

Pernambuco passou por este processo turbulento e confuso porque quem deveria agregar as oposições, em função da fragorosa derrota que sofreu, também aderiu à base governista.

Refiro-me ao senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), que teria este papel pela frente, ou seja, de juntar os cacos da oposição para a vigilância necessária ao Governo. Mas não o fez.

Quanto a Armando e Humberto, o primeiro esperava o apoio do governador para embalar o seu projeto de disputar o Governo do Estado, mas em nenhum momento ocorreu qualquer sinal positivo.

Já Humberto, derrotado pelo PSB na corrida pela Prefeitura do Recife em 2012, não tinha outro caminho, até porque, no plano nacional, o PSB se apresenta, hoje, como um dos principais partidos de oposição ao Governo Dilma.

A política não tem razões que a própria razão desconhece.

ANTECIPAÇÃO– Em função da crise municipal, poucas prefeituras conseguiram antecipar o pagamento da folha para os servidores curtirem o Carnaval numa boa. Em Afogados da Ingazeira, o prefeito José Patriota (PSB) iniciou o pagamento, ontem, contemplando 1,5 mil funcionários. O comércio gostou, porque foi injetado na economia mais de R$ 2 milhões.

Risco de intervenção– O presidente estadual do PDT, José Queiroz, que prepare o lombo. A orientação do comando nacional da legenda é pelo apoio à candidatura do senador Armando Monteiro (PTB) a governador. Se Queiroz insistir pelo alinhamento ao candidato do PSB, Paulo Câmara, o diretório pode sofrer intervenção.

Sem pressão– Em entrevista ao Frente a Frente ontem, o senador Humberto Costa disse que, embora já esteja convencido e trabalhando pela aliança do PT com Armando, candidato a governador, vai aguardar pelo prazo dado pelo diretório estadual para formalizar o entendimento. “O ideal seria antecipar, mas vamos passar por cima do calendário”, afirmou.

Rubem na vice- Se o PDT vier de fato para a coligação de Armando ganha o direito de indicar o candidato à vice. Hoje, o nome que mais agrega é o do deputado Paulo Rubem, que já teria sido sondado pelo comando nacional da legenda. Rubem é um político de perfil urbano e com certeza se encaixaria muito bem à estratégia delineada por Armando.

Estradas- O secretário de Infraestrutura, João Bosco, está com um agendão de estradas prontas para o governador inaugurar antes do seu afastamento do poder, em abril. Começa dia 11 com o acesso a Buenos Aires. Mas tem também a PE-320, que liga São José do Egito a Serra Talhada; a PE-369, de Ibimirim a Floresta e a PE-123, de Catende a Belém de Maria.

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