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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

PT acredita que Campos deixou a esquerda





A provável união entre os presidenciáveis Eduardo Campos (PSB-PE) e Aécio Neves (PSDB-MG) num segundo turno das eleições presidenciais consolida, para os membros do PT em Pernambuco, o afastamento de Campos da esquerda brasileira. Para os petistas, a mudança de alinhamento do pessebista, que esteve junto ao PT por 11 anos, demonstra a predileção cada vez maior do PSB em seguir o caminho da oposição.

"Sempre tivemos Eduardo Campos como de esquerda, mas tem ficado claro que ele prefere seguir outro roteiro", afirmou líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), para a Folha de Pernambuco. De acordo com o parlamentar, além de mudar de posição, o PSB ainda realiza críticas contraditórias. "O PSB critica as alianças do PT, afirmando que são um conchavo. Mas quando o PSB é quem faz as alianças, é porque eles são um partido amplo, que quer unir. Esse discurso de nova política é contraditório, não deverá pegar", disparou.

Para a presidente do PT em Pernambuco, Teresa Leitão, a aliança entre Campos e Aécio não será uma surpresa. "O governador traçou um roteiro e está seguindo", afirmou a petista. Dentre os indícios de que PSB e PSDB devam se juntar num provável segundo turno, estão as conversas constantes entre os presidenciáveis dos dois partidos – e presidentes nacionais das legendas –, e da entrada do PSDB na base do governo de Eduardo Campos, em Pernambuco.

Eduardo Campos teria garantido a dirigentes do PPS, na última sexta-feira (14), que em um segundo turno entre Aécio e a presidente Dilma Rousseff (PT), o socialista apoiaria o tucano. A declaração teria sido feita durante uma reunião a portas fechadas, em Brasília. Além de uma possível aliança, os partidos de Campos e Aécio também deverão se aliar na maioria dos estados contra o PT.

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