No PSB, ninguém mais arrisca palpite
Após muitas especulações sobre quem será o candidato socialista ao governo, integrantes do partido acreditam que o nome não deve ser escolhido antes do Carnaval
O estilo do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), de comandar pessoalmente o processo, fez com que a bolsa de apostas da sucessão estadual voltasse à estaca zero. No PSB, o clima já não é mais de irritação com a ausência de um candidato a governador, mas de cansaço. Prefeitos, deputados, lideranças de todos os níveis estão esgotados. Ao mesmo tempo, sentem a ausência de um nome que possa, ao menos, inibir a presença maciça do senador Armando Monteiro Neto (PTB) no interior.
Poucos socialistas ainda arriscam palpite. Todos os nomes aventados nos jornais já estiveram em alta e estão agora, todos, simplesmente colocados. Pesquisas de opinião aferidas pela equipe do marqueteiro Diego Brandy voltaram a apontar o prefeito do Recife, Geraldo Julio, como um bom nome. Mas um traço destaca que o recifense não veria com bons olhos o fato de ele abandonar a Prefeitura.
Até informação que circulou nos bastidores, de que o escolhido seria ungido antes do Carnaval, já não figura na lista das certezas. Alguns socialistas avaliam que não seria o momento ideal, visto que durante o período de momo, toda a Imprensa está voltada para a cobertura da festa, o que poderia ofuscar o anúncio. Além disso, o desejo é expor o mínimo de tempo o candidato, para evitar que comecem a pipocar denúncias ou problemas relacionados à vida pública dele.
De concreto, apenas o formato do anúncio que deve obedecer aos mesmos moldes do evento que marcou a entrada de Geraldo Julio na campanha eleitoral em 2012. O governador deve convocar uma entrevista coletiva para apresentar seu escolhido. Na ocasião, estarão todos os partidos que vão dar sustentação ao eventual governo.
Depois de uma semana com apenas um dias de agenda pública – na última sexta-feira quando comandou a reinauguração do Palácio do Campo das Princesas -, o governador começa mais uma semana com agenda interna, continuando as conversas políticas com legendas aliadas e correligionários.
Por Bruna Serra / JC
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