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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Dois morrem e oito ficam feridos na rebelião em presídio

UM DOS MORTOS É DE JATAÚBA E O OUTRO DE SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE.

RECIFE - Dois presos morreram e outros oito ficaram feridos em uma rebelião na manhã desta quinta-feira (13), na Penitenciária Agroindustrial São João, na ilha de Itamaracá, região metropolitana do Recife. Mesmo sem a Direção divulgar, nos fomos informados que um dos mortos trata-se de um rapaz conhecido por "Valmir" que residia no Jundiá de cima e cumpria pena por ter sido acusado de praticar um homicídio. O outro morto seria de Santa Cruz do Capibaribe. Segundo informação da esposa da vítima, ela estava assistindo a Rede Recor na tarde de ontem e viu o corpo do marido e reconheceu de imediato. A confirmação veio logo em seguida quando a senhora recebeu um telefone de um detento sobrevivente. Pelas informação que nos foram repassadas, ele foi atingido por uma bala perdida durante a rebelião, já que ele não participava do motim, pois já estava em regime semi aberto e havia voltado de casa para o presídio na última quarta feira.


O tumulto no pavilhão "G" da unidade começou às 8h30 (horário de Brasília) e só terminou uma hora e meia depois, com a intervenção do Batalhão de Choque da Polícia Militar. 

Os presos queimaram colchões e ocuparam o pátio e uma laje do presídio. Eles cobriram os rostos com camisas e portavam pedras e pedaços de madeira nas mãos. 

Testemunhas disseram que a PM utilizou balas de borracha e que foi possível ouvir estouros de bombas de efeito moral. 

O presídio tem capacidade para 650 detentos, mas abriga 1.870 homens que cumprem pena em regime semiaberto. 

Familiares disseram que os presos se revoltaram contra maus tratos da direção do presídio e reclamaram que recebem comida "de péssima qualidade". 

Durante a rebelião, os detentos gritavam "Fora o diretor!" e estenderam uma faixa que dizia "O diretor matou cinco". 

De acordo com a Secretaria-executiva de Ressocialização, responsável pelas unidades prisionais de Pernambuco, as causas do tumulto ainda estão sendo investigadas, e os líderes do motim, identificados.

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