Do jornalista Inaldo Sampaio, hoje, em seu blog:
A montagem da equipe de Paulo Câmara obedeceu a uma única lógica: a reeleição do prefeito Geraldo Júlio.
Este se elegeu em 2012 com 51% dos votos válidos, donde se conclui que os dois candidatos da oposição, Daniel Coelho (PSDB) e Humberto Costa (PT), obtiveram, juntos, 49%. Para fortalecer o projeto da reeleição, Paulo Câmara tomou as seguintes providências: a) deu duas secretarias do PSDB (Pedro Eurico e Evandro Avelar) para segurar o partido na Frente Popular; b) deu uma secretaria ao PCdoB e o mandato de deputado federal a Cadoca para não deixar que esse partido se junte ao PT em 2016; c) deu uma secretaria ao PV (Sérgio Xavier) para garantir a presença de Marina Silva no palanque da reeleição; d) tirou Raul Jungmann da Câmara Municipal para reduzir a taxa de críticas ao prefeito; e) e deu um mandato de federal a Augusto Coutinho (SD) e a Fernando Monteiro (PP) para segurar o apoio dos seus partidos.
Cerco a Guilherme Uchoa
Paulo Câmara já foi convencido por assessores de que não vale a pena comprar uma briga com a OAB-PE em defesa da reeleição de Guilherme Uchoa (PDT) à presidência da Assembleia Legislativa. Assim, os partidos da Frente Popular, um após outro, começando pelo PSB, vão se posicionar publicamente em defesa da tese da proporcionalidade, o que tira qualquer chance do atual presidente. O PTB, que tem seis deputados e o PP, que tem quatro, falarão depois do PSB.
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