Um taxista de Brasília encontrou neste sábado (29) 2 mil dólares em notas de 50 dentro de uma mochila deixada por um passageiro no banco de trás do carro. O condutor, Maurício Quirino, conta que não hesitou em devolver a quantia para o dono, que havia embarcado no táxi, no aeroporto, na noite anterior.
Agora, veja bem a sorte que esse homem deu. Depois disso, ainda peguei quatro passageiros na rodoviária e levei para uma boate. A mochila ficou dez horas no carro, e eu nem sabia."
Maurício Quirino, taxista
Taxista há 30 anos, Quirino relata que deixou o passageiro, um homem, segundo ele, bastante sério, na Octogonal. A corrida custou R$ 40. "Ainda olhei para trás depois que ele saiu e não vi a mochila", diz. "Agora, veja bem a sorte que esse homem deu. Depois disso, ainda peguei quatro passageiros na rodoviária e levei para uma boate. A mochila ficou dez horas no carro, e eu nem sabia."
Na manhã seguinte, o dono do dinheiro ligou para o taxista perguntando sobre a mochila, mas Quirino respondeu que não havia visto nada no carro. "Foi, então, que fui na garagem, abri a porta do carro e vi a mala lá no cantinho", diz.
"Tentei retornar a chamada, mas ele não me atendeu. Então fucei a mala para achar o nome ou contato dele, para ligar, e me deparei com muitos documentos e 44 notas de 50 dólares. Contei mesmo [o número de cédulas], é curiosidade do ser humano", brinca.
Embora tenha dívidas no cartão de crédito e precise de dinheiro para visitar os filhos no exterior, Quirino não cogitou em momento algum ficar com a quantia.
No fim da manhã, ele se encontrou com o passageiro. O taxista diz que, pelo que viu em um crachá que estava na mochila esquecida, trata-se de um funcionário da Anvisa.
Para o taxista, porém, a reação do homem foi fria. “Ele agradeceu apenas com um ‘obrigado’ e virou as costas”. Apesar disso, Quirino ficou feliz em ter devolvido o dinheiro. "Devolvi por honestidade. Tenho quatro netos, um casal de filhos. Eu quero ser um exemplo. Moro na capital do país, onde existe muita desonestidade. Em respeito aos brasilienses, fiz a minha parte, agi honestamente."
O G1 tentou ligar para o número de celular do passageiro, mas não conseguiu contato com ele.
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