Encontro sigiloso – Discretamente, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire (SP), passou domingo passado pelo Recife e teve uma longa conversa com o governador, quando, na ocasião, bateu o martelo quanto à data de oficialização da entrada da legenda pós-comunista da coligação socialista para o próximo dia 4.
Zona de risco – Fora da chapa majoritária, onde seu nome era cogitado para vice-governador de Tadeu Alencar (PSB), o deputado Raul Henry (PMDB) corre um tremendo risco de não ser reeleito federal. De uma eleição para outra – 2006 para 2010 – perdeu quase 50 mil votos, saindo de 138.841 para 90.100 votos. É um congressista, portanto, em queda livre e na área de risco.
Jarbas senador esvazia Fernando
Com agenda para uma conversa tête-à-tête neste fim de semana com o governador Eduardo Campos, o senador Jarbas Vasconcelos só não será candidato à reeleição na chapa oficial (PSB) se não quiser.
Eduardo não criará nenhum obstáculo para Jarbas, até porque o senador, respeitado e com trânsito nacional, pode agregar forças políticas ao projeto presidencial do governador. Já sabendo disso, o PMDB referendou, ontem, o nome do senador à reeleição com a ressalva, em tom enfático, de que ao partido só interessa manter Jarbas no Senado.
Está nas mãos do senador, portanto, o seu destino, que depende muito mais dele a esta altura do que mesmo da vontade de Eduardo, que lidera o processo da discussão e montagem da chapa governista.
A entrada do senador peemedebista na chapa, entretanto, vai de encontro aos interesses do ex-ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho. Já praticamente descartado como candidato a governador só restaria ao ex-prefeito de Petrolina abocanhar a vaga de senador.
E Fernando, mesmo desapontado, já teria até um mote para sua campanha majoritária: resgatar o mandato dos Coelho no Senado, interrompido bruscamente pela morte do saudoso Nilo Coelho, em 1983.
A corrida para o Senado nas eleições deste ano só tem uma vaga em jogo, o que, num cenário confirmado com Jarbas na chapa, deixa para Bezerra Coelho apenas a alternativa de indicar o candidato a vice-governador.
O que, neste caso, abre a perspectiva do ex-ministro recorrer ao nome do filho, o deputado Fernando Bezerra Filho, para compor a chapa de vice. Mesmo Fernando, o filho, sendo peça importante no processo resta saber se Fernando, o pai, aceitaria de bom grado ficar, mais uma vez, fora da disputa majoritária.
É bom recordar que em 2010, o ex-ministro teve que engolir a seco os nomes de Humberto Costa e Armando Neto para o Senado, vindo a ganhar uma compensação, mais na frente, no Governo Dilma, com o Ministério da Integração.
INFERNO ASTRAL – O governador tende a administrar um cenário de turbulências e não de céu de brigadeiro para montagem da chapa governista. Se quiser contar com o apoio do PP e o tempo deste partido na televisão alguma compensação tem quer ser oferecida aos progressistas, conforme há deixou muito claro o líder do partido na Câmara dos Deputados, Eduardo da Fonte.
Chapa independente – Corajosa e oportuna a entrevista do prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), ontem no Frente a Frente quando defendeu que o senador Jarbas Vasconcelos não fique a espera da boa vontade do governador Eduardo Campos e se lance à reeleição numa chapa independente como Carlos Wilson fez em 1994. Resta saber se o senador vai se encorajar!
Líder de mentirinha - É figurativa a escolha do deputado Sérgio Leite (PT) para líder da oposição na Assembleia. O parlamentar tem uma dívida política gigantesca com Eduardo. O governador salvou o petista após a eleição de 2012. Além disso, detém inúmeros cargos no Governo (Fundarpe, Educação, Procon, Detran e Seres) e três irmãos na Prefeitura do Recife.
Nenhum comentário:
Postar um comentário