Em discurso na abertura do ano legislativo, na Alepe, governador, em tom de despedida, presta contas de sua gestão e critica política econômica do governo Dilma.
Foto: Clemilson Campos |
Com um discurso de 1h10 de duração, abrindo o ano legislativo da Assembleia de Pernambuco – com tons de despedida e de candidato –, o governador Eduardo Campos (PSB) apresentou detalhada prestação de contas do governo de 2013, no qual o desempenho da economia e da gestão da presidente Dilma Rousseff (PT) foi alvo de novas críticas.
Em contraponto, os resultados da economia e dos serviços públicos, no Estado, foram apresentados como diferenciais do desempenho do governo socialista, num comparativo com indicadores e percentuais nacionais e dos Estados do Nordeste.
O governador acusou o direcionamento dado à economia pelo ex-aliado governo petista como grande responsável pelo pequeno crescimento e o retorno da inflação.
“A crise que impactou as principais economias globais desde 2008 e que veio afetar significativamente a economia brasileira, a partir de 2011, recrudesceu em nosso País no ano de 2013, muito em função da manutenção de um modelo econômico de desonerações tributárias para estímulo ao consumo, que além de não ter sido capaz de gerar riquezas para o País e de afastar a ameaça da volta da inflação, ainda penalizou fortemente as receitas do nosso Estado e municípios”, apontou.
Reeditando citações feitas ao longo do segundo semestre de 2013, Eduardo afirmou que as manifestações que levarem “milhões de pessoas às ruas, na mais significativa onda de protestos da história recente do País”, foi um clamor por “melhores serviços públicos e novas formas de condução do processo político”.
De forma indireta, ressaltou que os atos de junho resgataram “a esperança de um País mais justo e solidário e de uma gestão pública operosa, eficiente, pautada por valores democráticos e republicanos”.
Os dados de desempenho de sete anos do atual governo foram divulgados também num comparativo com o legado de 2007, início da primeira gestão, deixado pelas gestões Jarbas Vasconcelos (PMDB)/Mendonça Filho (DEM), o primeiro senador e hoje na base de apoio socialista e cotado à reeleição na chapa governista.
Eduardo destacou que os resultados apontam que “os valores éticos, a forma de tratar a coisa pública e as opções estratégicas adotadas”, consubstanciadas em novo modelo de gestão “referência no Brasil e no exterior”, permitiram que o Estado consolidasse um caminho “na direção de um novo patamar civilizatório”.
O governador – que deve se sair em abril para ir à disputa pela Presidência da República – expôs minucioso contingente de resultados dos sete anos de governo.
“Pernambuco de antes era campeão de desemprego do Brasil; o Estado mais violento do País; terceiro pior IDH do Nordeste. O de hoje retomou seu protagonismo regional e nacional e manteve em 2013 crescimento econômico superior ao do Nordeste e ao do País. Em seis anos, dobrou o seu PIB. Senhores, vivemos atualmente no Estado mais seguro do Nordeste brasileiro”, detalhou.
Jornal do Commercio
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