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segunda-feira, 2 de junho de 2014

CRÔNICA DA LENE BATISTA


Criar filhos que se tornem adultos equilibrados de fato tem sido uma tarefa almejada, porém desafiadora. Parece que pais e filhos na verdade estão atordoados. Bater ou não bater, não é mais a questão... Talvez seja crime.

Foi aprovado pela Câmara dos Deputados o projeto de lei que proíbe que crianças e adolescentes sejam punidos com castigos físicos, incluindo a conhecida palmada. A partir de agora, o projeto está nas mãos do Senado. A lei também prevê multa, não só para os agressores, mas para os que não denunciarem os casos. E desde que foi criado o projeto, o assunto gerou muita discursão. Os defensores da lei afirmam que o objetivo é controlar a violência domiciliar, impedindo que os pais causem sofrimento aos filhos.

Já os que não aprovam a ideia alegam que a lei é uma interferência na vida familiar. E ao que parece a lei assume que não apenas pais estão devendo na formação que oferecem aos jovens, mas autoridades na posição de protetores não estão cumprindo seu papel, pois prevê punição para omissão, estabelece multa de três a 20 salários mínimos a médicos, professores e agentes públicos que tiverem conhecimento de castigos físicos e não os denunciarem às autoridades. Traz os conceitos de que castigo físico e tratamento cruel ou degradante, sejam punidos com sanções que vão de advertência a tratamento psiquiátrico para os autores da violência.

Vamos por parte... Posso fatiar isso. Posso lembrar as surras e humilhações a que crianças e adolescentes são submetidos, destruindo a autoestima por um lado e por outro "fabricando" novos agressores, sem contar quando os excessos desembocam em ferimentos graves e até morte. Posso lembrar também da delinquência juvenil, da falta de controle sobre os filhos, da conduta vexatória duma geração que deixa seus pais constrangidos pela falta de controle. 

Agora é esperar...Esperar para ver se o Senado aprova a lei 7672/2010,agora Lei menino Bernardo. Isso dá pra esperar. Complicado é esperar o que vem depois. Afinal o Estado está querendo mesmo é dar um basta no abuso de poder parental. Resta saber se o abuso não será pelas avessas.

Pense nisso!

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