Foto: Roberto Soares/Alepe
O líder do Governo na Assembleia Legislativa, Waldemar Borges, disse, na reunião desta terça-feira (04), que a bancada governista recebe com muita satisfação o apoio do PSDB, como tem recebido de todos os que queiram se somar ao projeto bem sucedido que tem transformado Pernambuco de uma maneira inquestionável e nacionalmente reconhecida.
Mas, com relação ao posicionamento do deputado Daniel Coelho, o parlamentar comentou que não cabia a ele tecer nenhum tipo de comentário a respeito do entendimento pessoal de qualquer integrante de um partido no que diz respeito a sua posição partidária. “No nosso entendimento isso é uma questão que cabe apenas ao partido discuti-la”.
O parlamentar, no entanto, deixou claro que, quando se fala em independência para se discutir as questões, os problemas e as proposições que são enviadas à Casa, isso não é privilégio de um, dois ou de três deputados.
“Aqui todos deputados se comportam motivados por esse entendimento. Aqui os debates se dão de maneira independente, sobretudo nas comissões, quando se aprofundam as questões que dizem respeito ao futuro de Pernambuco, sempre aprofundando as sugestões e esclarecendo-se dúvidas. Desconheço uma época em que tenham ocorrido tantas audiências públicas como nesta legislatura. Essa tem sido a postura desta Casa, não deste ou daquele deputado ou desta ou daquela deputada. A nossa liderança em nenhum momento precisou, por exemplo, recorrer ao instituto de fechar uma questão. Aqui tudo foi enviado pelo Executivo e trabalhado consensualmente, com o espírito democrático e à luz dos interesses coletivos, não fosse assim o nosso Governo não teria a aprovação popular que tem”, reforçou.
Em relação aos outros dois pontos que o deputado Daniel Coelho discutiu, a Compesa e o déficit primário de Pernambuco, Waldemar Borges garantiu que são importantes, mas que podia discuti-los com muita tranquilidade, pois tinha efetivamente o que mostrar e dizer de cada um deles. “No que diz respeito à questão da água, nunca houve um investimento tão grande neste setor na história de Pernambuco. A Compesa investiu R$ 2,5 bilhões. Não é por outra razão que Pernambuco não está vivendo hoje uma calamidade de maiores proporções, apesar de ter vivido a maior seca dos últimos 50 anos.
“Em relação às tarifas é preciso que se saiba que a cada três anos o contrato da Compesa obriga a uma revisão tarifária. Neste intervalo há uma reposição da inflação. Se rediscute toda a tarifa à luz desses investimentos aos quais me reportei. A revisão tarifária olha pra trás e olha pra frente. Para os investimentos já realizados e para os que vão ser feitos. Em função disso, a PPP hoje é responsável por diminuirmos esse reajuste em aproximadamente 1%, por conta dos investimentos que fará”, revelou o deputado.
Já em relação ao déficit primário, Borges disse que o que pernambucano tem que compreender é que o governo pode dever até 200% do que arrecada e só deve 52%. “O que o pernambucano tem que saber é que a Secretaria do Tesouro Nacional determina um percentual de quanto a gente pode disponibilizar por mês para pagar essa dívida, e a gente está abaixo desse limite. O que a população tem que saber é que esse déficit primário é uma conta que não leva em consideração o que foi poupança. De fato, esse tipo de empréstimo é receita de capital, não pode ser usado, por exemplo, para custeio, gera portanto um certo ativo, que não é contabilizado nesse cálculo. São coisas fáceis de serem compreendidas, só quem prefere não compreender é que sofisma em cima desse assunto”.
“O fato é que os pernambucanos sentem os resultados positivos dessa política e sabem que esse governo tem uma grande responsabilidade com suas finanças. Estados como São Paulo, Rio e Minas respondem por quase toda essa dívida. Na verdade, Pernambuco tem muito espaço ainda para captar novos recursos para seus investimentos, sem comprometer em nada o futuro, ao contrário, preparando as condições para que ele seja melhor para os pernambucanos”, concluiu.
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