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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Relançada sem brilho a Frente Brasil Popular

Coluna Fogo Cruzado – 9 de setembro de 2015
A Frente Brasil Popular que surgiu em 89 era formada por Lula, Miguel Arraes de Alencar e João Amazonas
Foi relançada sábado, em Belo Horizonte, por um grupo de movimentos “de esquerda”, a Frente Brasil Popular. Movimento com esse mesmo nome surgiu no Brasil em 1989 na campanha de Collor à Presidência da República. Era formado pelo PT, PSB e PCdoB, cujos expoentes eram Lula, Miguel Arraes e João Amazonas, respectivamente. Lula foi o candidato dos três partidos a presidente da República, mas foi derrotado pelo alagoano No entanto, adubou o terreno para sagrar-se vitorioso em 2002 após duas derrotas consecutivas para FHC. A Frente recém lançada em BH, com elogios a Dilma e críticas ao ministro Joaquim Levy (quanta incoerência!), defende bandeiras como: aprofundamento da democracia, mais participação dos movimentos sociais, por reformas estruturantes (do estado, política, agrária, etc.), contra o ajuste fiscal e defesa da soberania do país. Tem motes para fazer barulho, porém é improvável que empolgue o país.
Um olhar ao longe
Faltam ainda três anos e um mês para as eleições de 2018, mas o cordão de interessados nas duas vagas do Senado está aumentando. Estariam de olho nessas vagas os secretários Antônio Figueira (Casa Civil) e Danilo Cabral (Planejamento), o prefeito de Jaboatão Elias Gomes (PSDB) e os deputados Bruno Araújo (PSDB), Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Eduardo da Fonte (PP). Isso sem falar em Ana Arraes, que se tiver interesse numa das vagas, é pule de dez!
É ele – Independente de estar conspirando, ou não, contra Dilma Rousseff, o vice Michel Temer começa a ganhar musculatura para eventualmente sentar na cadeira de presidente da República. Já tem o apoio do PMDB governista (Renan, Eduardo Cunha, Romero Jucá, etc.), do PMDB oposicionista (Jarbas Vasconcelos), da grande mídia e do governador Geraldo Alckmin (SP).
Custo – Advogados que assistem os envolvidos na Operação Lava jato cobram em média R$ 1,2 milhão para orientá-los na delação premiada. O ex-deputado Pedro Corrêa está na lista.
Saída – Marina Silva aguarda o deferimento pelo TSE, até o final deste mês, do pedido de registro da Rede Sustentabilidade para em seguida formalizar o seu desligamento do PSB.
Troca – Diferentemente do que se publicou, André Siqueira trocou o PSL de Olinda pelo PTdoB (e não pelo PRTB) para apoiar a candidatura de Antônio Campos (PSB) a prefeito.
Debate – O centro “Debate” do deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB) continua recebendo políticos do governo e da oposição para uma troca de opiniões sobre a crise nacional. Quem esteve lá na última sexta-feira foi o superintendente da Sudene, João Paulo, com quem Jarbas sempre teve boa relação, embora deteste partido dele (PT).
Ausência – Independente do grupo político que ficará com o controle do PSB de Caruaru, o governador Paulo Câmara não porá os pés lá em 2016. É aliado da deputada Raquel Lyra (PSB), teve o apoio do deputado Tony Gel (PMDB) em 2014 e deseja manter sua estratégica aliança com o PDT por meio do prefeito José Queiroz. Fazer o que lá, pois?
Agenda – Para dar o pontapé na candidatura do advogado Antônio Campos à sucessão do prefeito Renildo Calheiros (PCdoB), o PSB estará com sua “Agenda 40”, em Olinda, no próximo sábado, dia 12. Será no Colégio Dom, a partir das 10h da manhã. A reunião será conduzida pelo presidente estadual, Sileno Guedes, que a princípio resistia à candidatura do irmão de Eduardo Campos, mas depois se abraçou com ela.
Crítica – O Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis) radicalizou sua relação com o Governo do Estado. Divulgou uma nota segundo a qual 45 pessoas foram assassinadas em Pernambuco no “feriadão” e atribui o fato a um suposto descaso do governo com a segurança pública. Que há carência de recursos para melhor equipar as duas polícias, não se discute. Mas o Sinpol precisa fazer também a sua parte. Só ficar criticando não é solução.

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