O ingresso do PDT na coligação do candidato a governador pelo PTB, Armando Monteiro Neto, tem um ingrediente que pode levar a corrente do presidente José Queiroz, que é contra, a se convencer de que é o melhor caminho: a viabilidade da chapa proporcional.
Pelos cálculos em cima do quociente eleitoral, se o PDT ficar na aliança com o candidato do PSB, Paulo Câmara, seus atuais deputados federais Wolney Queiroz e Paulo Rubem correm o risco de não emplacar a reeleição, porque não teriam 90 mil votos.
Já com 70 mil votos, ambos se elegem no chapão de Armando. Como a prioridade do comando nacional do PDT é garantir a eleição do maior número possível de deputados federais, o presidente Carlos Lupi estaria decidido a convencer a direção estadual pedetista a optar pelo apoio a Armando.
“O que está em jogo é a sobrevivência política da bancada do PDT”, diz um parlamentar da bancada federal. José Queiroz passou o dia ontem em Brasília discutindo a situação com Lupi, que parecia irredutível pela alternativa do palanque com Armando.
O que se comenta é que a executiva estadual do PDT, se insistir com a aliança com o PSB, pode estar dando um tiro no pé. Mais do que isso, permitindo que a direção nacional provoque uma intervenção em Pernambuco, saída que seria a mais traumática.
Mas esse caminho, paradoxalmente, salvaria o mandato de Wolney, filho do presidente José Queiroz, que não deseja outro rumo para o partido pelo fato de ser aliado incondicional do governador, já está em campanha para eleger Câmara.
Queiroz alega que é em Caruaru, município que governa, que o Eduardo tem o maior volume de obras para inaugurar até o próximo dia 4, quando se afasta do cargo para disputar a Presidência da República. E que ninguém entenderia uma posição de confronto da sua parte nem tampouco de Wolney.
Por Magno Martins
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