Dilma estabilizou, parou de crescer e 64% dos entrevistados pelo Ibope pedem mudanças. Cansaram dela, do seu governo, do PT. Mas, paradoxalmente, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) não representam esta mudança.
Segundo ainda o mesmo levantamento, 31% se manifestam favoráveis à continuidade do atual governo. Percentual muito baixo, diga-se de passagem. Pesquisas neste momento, entretanto, não representam absolutamente nada, servem apenas para medir o termômetro, uma radiografia do quadro.
A influência das pesquisas só se dá de fato no curso da campanha com o início do chamado guia eleitoral. Mas tem muita gente fazendo cálculos e cenários. O PSDB constatou um cenário bom para Aécio.
O PT, raciocinando com possíveis estragos na imagem de Dilma por causa dos recentes escândalos, notadamente o da Petrobras, imagina que seria mais fácil derrotar Aécio, porque o PSDB já foi governo e o discurso do contraditório mais assimilável pela população.
Já Eduardo, para marqueteiros petistas, seria uma tremenda incógnita, porque se trata de um nome novo, desconhecido pela imensa maioria do povo brasileiro do Sul e Sudeste. Daí, a razão do medo.
Por isso, o bombardeio de Dilma e dos seus aliados tem sido muito mais em cima de Eduardo, enquanto Aécio parece preservado. Sabendo disso, o governador pernambucano partiu para provocações, endurecendo o discurso em cima do governo, para puxar o jogo em sua direção. Adotou a estratégia certa.
Errado está Aécio, que cria poucos fatos, com uma atuação inclusive pífia no Senado, onde se esperava dele um mandato muito mais combativo, liderando os grandes movimentos de oposição.
Mas parece que Aécio não é chegado muito ao trabalho formiguinha do bom combate, o que o fez perder a cena do momento para Eduardo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário