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terça-feira, 18 de março de 2014

Para salvar Dilma governo negocia novos municípios



Em sessão conjunta de deputados e senadores, o Congresso se reúne na noite desta terça-feira para examinar vetos que Dilma Rousseff apôs a 12 projetos de lei. A principal encrenca da noite consta do primeiro item da pauta. Envolve a proposta que estabelece regras para a criação de novos municípios. Invocando razões fiscais, Dilma vetou o projeto de cabo a rabo. Os parlamentares tramam derrubar o veto. Para evitar uma nova derrota no Legislativo, o Planalto abriu negociações.


Em troca da preservação do veto, Dilma aceitou patrocinar uma proposta alternativa. O texto original facilitava a criação de municípios no país inteiro.

Líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM) foi incumbido de atrair os colegas para a nova fórmula. Ele terá até as 19h para  seduzir os partidos. Basta que o governo convença uma das Casas legislativas para livrar-se de um novo vexame. Prioriza-se o Senado porque a análise do veto começa pelos senadores. Atraindo-os, o Planalto se livra dos maus humores da Câmara.

DILMA AMEAÇA RETALIAR

Na noite passada, o líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha, aquele que Dilma prometera “isolar”, foi chamado para uma reunião. Coisa agendada na semana passada.

Cunha foi recebido no gabinete do vice-presidente Michel Temer, que fica num edifício anexo, não no prédio principal do Planalto. Participaram dois ministros: José Eduardo Cardozo (Justiça) e uma esvaziada Ideli Salvatti (Relações Institucionais). Nada de Dilma. Principal operador político do governo, o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) também não deu as caras. O encontro terminou sem acordo. Dilma cogita ir à sorte dos votos mesmo sem o PMDB. E fala em retaliação.

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