A Polícia Federal (PF) realiza, desde as 6h desta segunda-feira (17), uma operação para desarticular uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro. A ação ocorre em Curitiba e outras 16 cidades do Paraná, São Paulo, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Mato Grosso. Ao todo, devem ser cumpridos 81 mandados de busca e apreensão, 18 de prisão preventiva, 10 de prisão temporária e 19 de condução coercitiva, quando o suspeito é levado até a delegacia para prestar depoimento. Conforme a PF, os recursos investigados passam de R$ 10 bilhões. O suspeito de chefiar a quadrilha foi preso do Distrito Federal.
Até as 11h30, os policiais tinham apreendido carros de luxo, entre eles um Camaro, além de relógios e jóias. Três hotéis também foram bloqueados pela PF em Londrina,São Paulo e em Porto Seguro. Até este horário, durante o cumprimento de mandados preventivos e temporários, 24 pessoas tinham sido presas.
No Rio Grande do sul, a operação cumpriu dois mandados de busca e apreensão em Porto Alegre. O doleiro Alberto Youssef, que mora em Londrina, no norte do Paraná, foi preso em São Luiz, no Maranhão. Segundo a PF, ele seria um dos líderes da quadrilha. Em 2004, Youssef foi condenado pela Justiça Federal por envolvimento em fraudes na venda do Banestado e envio ilegal de dinheiro para o exterior.
De acordo com as investigações da PF, que começaram em 2013, a quadrilha envolve personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil e é responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas com vários crimes.
Relógios e jóias também foram apreendidos durante a operação (Foto: Divulgação / PF) |
Entre eles estão tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração, contrabando de pedras preciosas e desvios de recursos públicos.
A ação foi batizada de lava-jato. Segundo os policiais, um dos grupos fazia uso de uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar os valores oriundos de práticas criminosas. Mais de 400 policiais participam da ação.
Durante a operação, também serão cumpridas ordens de bloqueio de imóveis de alto padrão e contas bancárias e apreensão de patrimônio adquirido por meio de práticas criminosas, segundo a PF.
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