Por Álvaro Neto
É de causar perplexidade como a corrupção está presente em todos os níveis de conduta do Brasil, principalmente dos que passam a serem gestores da coisa pública.
Tenho afirmado em meus comentários que quando exerci o mandato de Deputado Federal era facultada ao parlamentar a apresentação de emendas que totalizavam um milhão e meio de reais, distribuindo tal recurso com até vinte municípios. No meu caso, indicava oitante mil para um de menor porte, cem para um de porte médio e chegando a cento e vinte mil reais para um mais populoso. Os prefeitos e o povo ficavam satisfeitos com o benefício para o seu município, passando a presenciar alguma obra com recursos federais sendo edificada.
Hoje essa realidade é bem mais gorda, ou seja, passou a ser de quinze milhões de reais, devendo ser aumentada para dezoito milhões, segundo comentários, situação que deixa alguns parlamentares a priorizar, no exercício do mandato, apenas o acompanhamento da liberação das emendas e qual a empresa que vai executar os serviços. E por que isso? De olho na cobrança das comissões.
Será que esse deve ser o papel prioritário da Câmara dos Deputados? Não seria o caso de se rever o papel do Legislativo Federal, ou até mesmo, indo mais além, rever o papel dos poderes Executivo, Legislativo e o Judiciário no Brasil?
Recentemente assistimos ao julgamento do “Mensalão”. Quando sintonizamos nos noticiários, o assunto corrupção sempre toma conta das manchetes. E o povo, muitos na sua ignorância, assistindo a tudo isso, passa a furtar, roubar, sequestrar, como tudo parecendo ser uma atividade normal no Brasil.
Tenho afirmado que como as coisas caminham neste País, somente resta a Receita Federal passar a tributar a cobrança das comissões ilícitas praticadas por gestores públicos brasileiros.
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