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O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sinaliza não estar disposto a pacificar as relações com o Palácio do Planalto, depois de comandar uma rebelião na base aliada. Em entrevista às jornalistas Natuza Nery e Andréia Sadi, da Folha, ele afirma que a presidente Dilma Rousseff faz a "má política, a política do confronto".
Segundo ele, os novos ministros do Turismo e da Agricultura não representam indicações da bancada do PMDB. "A presidente não aceitou dois nomes do PMDB, ela indicou dois nomes dela. Se for do PMDB, será por acaso. A bancada abriu mão, disse que não queria indicar, não indicou", diz ele. No entanto, Cunha afirma que ainda não houve rompimento.
"Rompimento é outra coisa. Continuamos na base. O PMDB não vai participar de votação que prejudique as contas públicas. O que a gente colocou é que havia especulação pública por cargos. Como se o PMDB estivesse brigando para ter mais cargo, menos cargo. Aquilo estava incomodando a bancada. A decisão foi: cansamos de sermos bancados como fisiológicos."
Na entrevista, Cunha bateu duro na articulação política. "Quem cuida da articulação política? Preciso saber primeiro, é bom me informar. Não sei quem está fazendo articulação. Se alguém não está fazendo, é porque a presidente não delegou. É uma variação daquele filme: Atenção, senhores passageiros, o articulador político sumiu'", afirma. Cunha disse ainda que a presidente Dilma Rousseff erra no campo político. "Faz política, mas a má política, a política do confronto."
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