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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Política com "P"...


Briga pela paternidade.

Ao ocupar, ontem, a tribuna do Senado e criticar duramente Eduardo, por tentar assumir a paternidade de obras federais e inaugurar sem a presença de ministros e representantes do Governo Dilma, o líder do PT no Senado, Humberto Costa, mostrou que fará, na prática, marcação cerrada no governador.

Há uma preocupação latente em Brasília por parte do PT em carimbar toda obra e ação da União nos Estados, para que governadores não venham a tirar partido político com o chapéu alheio.

No caso específico de Pernambuco, Humberto já havia feito um alerta lá atrás, mas esta semana, o que era motivo de desconfiança virou algo concreto com a decisão do governador de inaugurar obras sem convidar ministros.

O senador se referiu, especificamente, ao Museu Luiz Gonzaga, pelo qual o Governo Federal tem um grande apreço, inclusive a presidente Dilma, que gostaria de estar presente. Outra reclamada é o hospital Mestre Vitalino, em Caruaru.

“Pernambuco é um Estado que tem tradição em gratidão e não estamos vendo isso por parte do seu governador”, bradou o líder petista. Obras federais no Estado têm que serem capitalizadas politicamente pela presidente Dilma, que está em campanha pela reeleição.

Daí, Humberto está coberto de razão em reclamar, até porque Eduardo não é mais aliado, nem no plano estadual nem no nacional, na medida em que rompeu com o PT e lançou sua candidatura à Presidência da República.

Eduardo está encerrando amanhã o seu mandato e nos últimos dias cumpriu uma verdadeira maratona de inauguração de obras, algumas delas tiradas do papel com a ajuda do Governo Dilma. E não se viu ninguém do PT nem do Governo porque, segundo Humberto, o cerimonial do governador não tem tido o cuidado de convidar ou pelo menos comunicar a agenda.

JOÃO SENADOR – Ficou para a próxima segunda-feira, às 11 horas, na sede do PT, o anúncio formal da candidatura do deputado João Paulo a senador na chapa do candidato a governador pelo PTB, Armando Neto. O ex-prefeito do Recife teve seu nome respaldado em todas as instâncias do partido, inclusive através de assinaturas. Até o próximo dia 20, Armando deve anunciar o nome do vice.

Mais uma perda – Em razão da vista estreita de Marina, que será confirmada vice em sua chapa no próximo dia 14, o candidato do PSB ao Planalto, Eduardo Campos, perdeu o apoio da senadora Ana Amélia (PP), que lidera todas as pesquisas para governadora no Rio Grande do Sul.

Veto ameaçado  O movimento emancipalista ganhou mais aderência com a divulgação da pesquisa do Instituto Doxa, pela qual 72% da Câmara são a favor da criação de novos municípios. Foram ouvidos 172 deputados entre os dias 25 e 27 de março. Com isso, a tendência no Congresso é pela derrubada do veto de Dilma, contrária à criação de novos municípios.

O homem forte - Numa demonstração de que será de fato o auxiliar mais influente do mandato tampão de João Lyra, o secretário do Planejamento, Fred Amâncio, emplacou o atual secretário de Administração, Décio Padilha, na pasta da Fazenda. Que é, diga-se de passagem, extremamente ligado ao antecessor Paulo Câmara, candidato a governador pelo PSB.

Violência como bandeira - Herdeiro do mandato de Sérgio Guerra, que morreu há 27 dias, o deputado André de Paula (PSD) priorizou em seu mandato a bandeira do combate à crescente onda da violência urbana. Ontem, em Brasília, passou a integrar, formalmente, a Frente Parlamentar de Segurança Pública, presidida pelo deputado Fernando Francischini (SDD-PR).

CURTAS

CONGRESSO – O deputado Jorge Corte Real (PTB) é um dos principais debatedores sobre o projeto que trata de mudanças no Estatuto da Micro e Pequena Empresa hoje durante o XIX Congresso Brasileiro de Micro e Pequenas Empresas e o XV Congresso Estadual de Micro e Pequenas Empresas de Pernambuco no Centro de Convenções.

2º TURNO - Na entrevista que concedeu, ontem, ao Frente a Frente, o polêmico senador Mário Couto (PSDB-PA) disse ter absoluta certeza de que haverá segundo turno na eleição presidencial com o seu candidato Aécio Neves enfrentando Dilma. “Se Aécio não chegar lá, Eduardo tem o meu voto”, afirmou.

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