Cilindros eram canos de PVC preenchidos com massa epóxi, segundo PM.
Equipes de segurança trabalharam com 'a pior hipótese', diz comandante. Mateus RodriguesDo G1 DF
Sequestrador armado mantém refém em sacada de hotel em Brasília; colete da vítima tem objetos cilíndricos que supostamente seriam bananas de dinamite (Foto: André Dusek/Estadão Conteúdo)
Os cilindros amarrados à cintura de um funcionário do Hotel Saint Peter, no centro de Brasília, durante o sequestro desta segunda-feira (29) não continham material explosivo. Segundo o comandante do Esquadrão de Bombas da Polícia Militar do Distrito Federal, capitão Lúcio Flávio Teixeira Júnior, o material era composto por canos de PVC recheados com massa epóxi, serragem e terra.
"Nós trabalhamos com a pior das hipóteses durante todo o caso. Ou seja, agimos como se fossem dinamites de verdade. Após a rendição, recolhemos o material e fizemos uma análise técnica, que identificou o real conteúdo", afirmou o capitão. O revólver utilizado pelo autor do sequestro também era falsa.
O sequestrou durou mais de 7h, e só terminou às 16h15 com a rendição do sequestrador. Um mensageiro do hotel foi mantido como refém e forçado a usar um colete com os 13 cilindros que simulavam bananas de dinamite.
O delegado Paulo Henrique Almeida afirmou, durante o sequestro, que a Polícia Civil trabalhava com 98% de chances de que a ameaça fosse real. Um volume de dinamites semelhante ao exibido pelo sequestrador seria capaz de abalar a estrutura do hotel, segundo a polícia.
Carga no aeroporto
Segundo a Polícia Militar, o sequestrador também deixou uma caixa no guarda-volumes do Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek, no início da manhã. O material foi detonado pelo Esquadrão de Bombas, mas também não continha qualquer item com potencial explosivo.
Segundo o capitão Teixeira, comandante do esquadrão, a carga também era formada por tubos de PVC preenchidos com material não explosivo. O consórcio Inframerica, que administra o terminal, disse ao G1 que tomou todas as providências necessárias. Não houve necessidade de evacuar ou isolar parte do aeroporto.
Sequestro durou mais de 7h
O autor do sequestro pediu "desculpas a todos" ao deixar o hotel, segundo a polícia. A ação começou antes das 9h e terminou às 16h15. As negociações foram encaminhadas pela Polícia Civil do DF, e segundo Almeida, não houve interferência da família no diálogo com o sequestrador.
A vítima deve prestar depoimento à polícia ainda nesta segunda-feira (29). A investigação será conduzida pela 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), para onde foi levado o sequestrador após a rendição.
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