Após julgamento, homem com 'chifres' diz que verá todos 'no inferno'
Caius Veiovis, de 34 anos, foi considerado culpado por triplo homicídio.
Com implantes e tatuagem ‘666’ na testa, ele mandou recado ao júri. Da AP
Caius Veiovis durante seu julgamento por triplo homicídio em 2011, em sessão na Corte Superior de Hampden, em Springfield, Massachusetts (Foto: AP Photo/The Republican, Michael S. Gordon, Pool)
Um homem com implantes que se parecem com chifres na testa foi considerado nesta sexta (26) culpado pelo sequestro e assassinato de três homens em Massachusetts em 2011. Ao receber a sentença, Caius Veiovis, de 34 anos, gritou ao júri: “vejo todos vocês no inferno”.
Veiovis, de Pittsfield, foi condenado após um julgamento que durou seis dias. Ele também foi condenado por sequestro e intimidação de uma testemunha. Sua pena será conhecida na segunda-feira (29).
Os corpos desmembrados de David Glasser, de 44 anos, Edward Frampton, de 58, e Robert Chadwell, de 47, foram encontrados enterrados perto de Becket dez dias após eles terem desaparecido, em agosto de 2011. Os assassinatos chocaram Pittsfield, uma cidade de cerca de 41 mil habitantes no noroeste de Massachusetts. O julgamento foi transferido para Springfield.
Dois outros réus no caso foram condenados pelas mesmas acusações no início deste ano. Eles estão cumprindo pena de prisão perpetua sem direito a liberdade condicional, mesma pena que Veiovis poderá receber na segunda-feira.
Os promotores dizem que Veiovis ajudou Adam Lee Hall, um peruano de 37 anos, e David Chalue, um homem de 47 anos de North Adams, a sequestrar e balear as vítimas semanas antes de Glasser testemunhar contra Hall, um membro dos Hells Angels, em um caso de assalto. As outras vítimas foram mortas para eliminar testemunhas, segundo os promotores. Os advogados de defesa alegaram que as evidências eram duvidosas.
O procurador do distrito de Berkshire, David Capeless, diz ter ficado satisfeito com os vereditos e que espera que eles ajudem as famílias das vítimas ao encerrar “a constante lembrança do que aconteceu aos seus entes queridos”, de acordo com o jornal “Springfield Republican”.
O advogado de defesa James Reardon Jr. disse que discorda do veredicto, mas respeita o trabalho do júri, segundo o jornal. “Eu sempre confio nos júris e ainda acredito fortemente no sistema judiciário dos Estados Unidos”, disse. Ele explicou que Veiovis tem um recurso automático, e que espera que o veredito seja revertido.
Reardon afirmou que, antes do julgamento, temia que a aparência de Veiovis pudesse influenciar os jurados, e potenciais membros do painel foram questionados sobre o assunto.
Veiovis, um ex-morador de Augusta, Maine, tem uma tatuagem com o número 666 entre as duas fileiras de implantes de chifre, e outras marcas faciais e tatuagens no pescoço. Ele legalmente mudou seu nome, que era Roy Gutfinski Jr., em 2008, enquanto cumpria uma pena de mais de sete anos em uma prisão do Maine por cometer um assalto com uma navalha, lambendo em seguida o sangue de sua vítima adolescente, segundo o “Kennebec Journal”.
Caius Veiovis é algemado ao deixar sessão na Corte Superior de Hampden, em Springfield, Massachusetts, na qual foi considerado culpado por triplo homicídio em 2011 (Foto: AP Photo/The Berkshire Eagle, Gillian Jones)
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