Em nota enviada ao Blog, o grupo relata descontentamento com a aliança do partido com o candidato Armando Monteiro e fala ainda do autoritarismo de lideranças na coordenação da campanha.
“O PT de Pernambuco vem seguindo um caminho que o afasta dos seus princípios éticos fundamentais. Desde 2012, nas prévias para eleição à Prefeitura do Recife, vimos o PT desprezar sua democracia e descumprir suas decisões de encontros do partido”, diz o texto.
Segundo Gilson Guimarães, um dos membros da Executiva Estadual do PT e coordenador da campanha da presidente Dilma Rousseff no Estado, a decisão de romper com a campanha majoritária está sendo discutida desde a última segunda-feira (23).
Depois de percorrer alguns municípios em encontros com os diretórios, o grupo redigiu um documento expondo as críticas às candidaturas de Armando e João Paulo (leia a íntegra abaixo).
Um dos pontos de insatisfação expostos por Gilson reside na postura das campanhas de Armando e João Paulo em “esconder” o nome de Dilma Rousseff nas propagandas eleitorais.
“Até 15 dias atrás, havia a rejeição em ligar o nome dos candidatos com Dilma, porque ela estava em baixa nas pesquisas. Até as peças de João Paulo dizem que ele é de Lula e Dilma mal aparece”, criticou Gilson, que entregou esta semana a coordenação da campanha no Grande Recife.
A corrente dissidente também afirma que “neste momento é impossível não reconhecer que a aliança história Frente Popular, da qual sempre estiveram juntos PT, PSB e PCdoB trouxe conquistas irrefutáveis ao povo de Pernambuco”.
Mas, no âmbito nacional, a PTLM mantém a decisão de apoiar à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Antes do rompimento do PT com o PSB, há dois anos, o grupo era historicamente ligado ao ex-governador Eduardo Campos e aos socialistas. Desde as eleições municipais em 2012, a ala do partido criticava as atitudes tomadas pela cúpula do partido. Nas eleições para Prefeitura do Recife, a corrente apoiou o nome do ex-prefeito João da Costa, que foi derrotado nas urnas por Geraldo Julio, afilhado político de Eduardo Campos.
Na época, eles já criticavam o autoritarismo de membros da majoritária do partido, nas figuras do senador Humberto Costa e do atual candidato ao Senado pelo PT, João Paulo.
Alguns estão insatisfeitos desde que o Diretório Nacional do PT determinou, em fevereiro, a saída dos seus filiados das gestões socialistas em Pernambuco.
Jamildo
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