Quem conhece a história do PMDB pós Ulysses Guimarães sabe que o partido é pragmático. Não lança candidato a presidente da República porque não tem quadros e nem bandeira política para ganhar uma eleição. Contenta-se com alguns governos estaduais, algumas prefeituras de capitais importantes e grandes bancadas na Câmara e no Senado. Isso lhe dá o capital político de que precisa para continuar sendo sócio do governo federal, independente de quem seja o presidente da República.
O partido convocou para hoje uma reunião de sua executiva nacional para analisar o “novo Brasil” que está surgindo após os protestos da semana passada. Mas com o pragmatismo que o caracteriza deve colocar também na pauta as eleições de 2014. Há divergências com o PT em 12 estados que se não forem resolvidas, satisfatoriamente, podem servir de pretexto para um rompimento político com a presidente Dilma Rousseff , dado que o vice, Michel Temer, perdeu o controle do partido.
Temer já não liderava algumas lideranças importantes da legenda como os senadores Jarbas Vasconcelos, Pedro Simon e Roberto Requião. E perdeu o controle da bancada federal para o líder Eduardo Cunha (RJ). Se a voz rouca das ruas intensificar o seu protesto, o PMDB arranjará uma desculpa para cair fora do governo, a menos que não tenha opção. Porque Aécio Neves e Eduardo Campos talvez não se interessassem por um partido que tem o maior símbolo do “Brasil velho”: José Sarney.
O diploma – Gonzaga Patriota (PSB) recebeu convite de uma dezena de prefeitos para prestigiar suas festas juninas, mas não foi a nenhuma. Dia 22 ele estava em Buenos Aires, onde faz um doutorado na área de Direito, participando de um debate sobre a convalidação do diploma.
Sem festa – O ex-prefeito do Cabo, Lula Cabral (PSC), já tomou posse na presidência da Junta Comercial de Pernambuco, mas não quis festa. Chegou lá discretamente, assinou o livro de posse e começou a trabalhar. O advogado Bruno Brennand continua na vice-presidência.
Agora é lei – Entrou em vigor na última sexta-feira uma lei de autoria do deputado Pedro Serafim Neto (PDT), aprovada pela Assembleia Legislativa, obrigando restaurantes, bares e similares localizados em Pernambuco a colocarem no cardápio os seguintes dizeres: “Se for dirigir, não beba; se beber, não dirija”. Mas se não houver fiscalização será mais uma lei morta.
O abrigo – O Instituto de Recursos Humanos (IRH) está integralmente controlado por pessoas ligadas a André de Paula, presidente regional do PSD. Além de Francisco Papaléo, que ocupa o cargo de presidente, estão no órgão Charles Ribeiro (diretor de Assistência à Saúde do Servidor) e Tadeu Godoy (diretor do Hospital dos Servidores). Todos tomaram posse na semana passada.
Agora vai – Com base em estudo da Sudene, a Assembleia Legislativa vai decidir de uma vez por todas a questão dos limites de Vitória de Santo Antão com os municípios de Moreno e Pombos sobre os quais não há consenso. O projeto é de autoria de Guilherme Uchoa (PDT).
A imposição – O “Orçamento impositivo” já é lei em Pernambuco graças a uma emenda à Constituição do Estado aprovada pela unanimidade dos deputados estaduais. A partir de agora, é obrigatória a execução dos créditos constantes da LOA decorrentes de emendas parlamentares.
O abandono – O deputado Eduardo Porto (PSDB) apresentou um projeto de lei na Assembleia Legislativa sugerindo a criação do município de “Jaboatão”, desmembrado de “Jaboatão dos Guararapes”. Ele alega que “políticos inescrupulosos” transferiram a sede do município para o distrito de Prazeres, em 1989, deixando “Jaboatão velho” totalmente esquecido. Pode pegar.
O custo – Amigo de Fagner, para quem cedeu o poema “Súplica dos ecólogos”, já gravado pelo cantor cearense, o prefeito de Tabira, Sebastião Dias (PTB), que é poeta, tentou levá-lo pra lá a custo zero, na festa da emancipação, mas não conseguiu. Fagner alegou que a banda que o acompanha custa caro.
A mudança – Acossada pelas manifestações de rua, Dilma Rousseff resolveu mudar sua interlocução na área política. Além de Lula e Antonio Palocci, resolveu também trocar ideias com o governador Eduardo Campos de quem vinha se afastando, progressivamente, por causa do projeto dele de 2014.
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