A força de Marina
Na estratificação da pesquisa do Datafolha pelos Estados, a candidata do PSB ao Planalto, Marina Silva (PSB), lidera com 42% das intenções de voto em São Paulo, o maior colégio eleitoral do País. Entre os paulistas, Dilma Rousseff (PT) tem 23% das intenções de votos e Aécio Neves (PSDB), 18%.
PRAGA – O governador João Lyra Neto vai a Petrolina na próxima segunda-feira anunciar o plano emergencial de controle das moscas-das-frutas, uma praga que atinge drasticamente culturas irrigadas, principalmente a manga tipo exportação. De imediato, vai liberar R$ 2 milhões.
Perguntar não ofende: O que o caixa de maldade do PT está preparando para detonar Marina?
A candidata do PSB também apresenta bons números no Rio de Janeiro, onde tem 37% da preferência do eleitorado. Dilma aparece em segundo, com 31%, e Aécio tem 11%. Em Pernambuco, a sucessora de Eduardo Campos na corrida presidencial aparece com 46% das intenções de voto contra 37% de Dilma. Aécio está em terceiro, com apenas 2%.
Marina, entretanto, não consegue repetir essa façanha nos demais Estados nordestinos pesquisados. No Ceará, a presidente Dilma atinge o seu melhor desempenho com 57% das intenções de voto, seguida de Marina com 24%. Aécio, novamente, aparece em terceiro, com 4%.
O pior resultado para o tucano, no entanto, é Minas Gerais. No Estado em que foi governador por oito anos, Aécio aparece com 22%, atrás de Marina, com 27%, e de Dilma, que lidera com 35%. Como a margem de erro em Minas é de 3 pontos, o tucano e a candidata do PSB estão tecnicamente empatados.
A força de Marina vem basicamente de três fontes: da comoção provocada pela morte de Eduardo Campos, de seu próprio capital político e do espólio dos protestos de junho de 2013, que a extrema esquerda tentou mas não conseguiu capturar.
Os números mostram que ela herdou os votos de Eduardo, tirou pontos preciosos de Dilma, esmagou Aécio e o Pastor Everaldo, seu concorrente no rebanho evangélico. E mais: conquistou uma fatia dos indecisos e outra dos desencantados que pretendiam votar nulo ou em branco.
VERMELHO AMARELO – Lula vai trabalhar até o último dia, mas já sabe que seu candidato Alexandre Padilha (SP) não vai a lugar nenhum, segundo revela Ilimar Franco. O ex-presidente responsabiliza pela derrota as gestões mal avaliadas dos prefeitos Fernando Haddad (SP), Luiz Marinho (São Bernardo), Carlos Grana (Santo André) e Donizete Braga (Mauá). Aliado que conversou esses dias com Lula resumiu: “O cinturão vermelho amarelou”.
Passou ou veio para ficar? – A comoção pela morte do ex-governador Eduardo Campos já passou? Aliados de Armando Monteiro acreditam que sim e que o candidato do PSB, Paulo Câmara, tenta surfar agora na onda Marina Silva. Do ponto de vista científico, um episódio que mexeu tanto com mentes e corações, só as próximas pesquisas podem medir.
O sucessor de Mantega – Com a sinalização da própria presidente Dilma, de que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não seria mantido num eventual segundo mandato, começaram a seguir as especulações sobre quem vai comandar a economia. Otaviano Canuto, secretário de Assuntos Internacionais da Fazenda no governo Lula e há 11 anos no Banco Mundial; e Nelson Barbosa, ex-secretário-executivo da pasta, são apontados como favoritos.
Bateu leve – Na entrevista que deu a este blogueiro, o ex-presidente Lula disse que não iria desdenhar de Marina, mas no comício em Brasília Teimosa mudou o tom: 'Estou vendo algumas pessoas falarem a palavra 'nova política'. E a pessoa já foi vereadora, deputada estadual, federal, senadora. Se tem uma pessoa que é a nova política no País é a Dilma, que nunca foi política”, disparou Lula contra numa alusão a Marina.
O azul destoante– O prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), deveria dar um puxão de orelha no secretário municipal de Saúde, Antônio Fernandes, pelo fato de ser extremamente desligado. Nas caminhadas em favor de Paulo Câmara (PSB), o seu grupo, bastante volumoso, se destaca à distância pelas camisa azuladas. O azul é a cor adotada pelo candidato do PTB, Armando Monteiro.
CURTAS
JOGO PESADO– No Ceará, os Gomes - o governador Cid Gomes e o ex-ministro Ciro Gomes - jogam pesado contra Marina. Impediram o pastor Antônio José Azevedo, da Assembleia de Deus, de convidar a candidata socialista a partir das comemorações dos 100 anos das igrejas de denominação, cuja celebração será amanhã.
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