Após denúncias de que familiares de detentos são extorquidos para pagar dívidas por tráfico de drogas dentro do Presídio do Roger, em João Pessoa, a vice-coordenadora da Pastoral Carcerária nacional, Petra Silvia Pfaller, revelou que essa prática é comum em presídios paraibanos.
Familiares de detento são extorquidos para pagar dívida por tráfico de droga dentro do Presídio do Róger
"Visitei muitas unidades prisionais na Paraíba. É muito comum esse tipo de extorsão, que o preso tem que pagar por drogas, pela cama, pelo colchão em que dorme, até para assistir televisão e para não ir para castigo", disse.
Petra Sílvia também destacou que o 'chapão' (local usado para isolar presos) só existe na Paraíba e que é uma maneira de vingança desumana.
"A administração penitenciária da Paraíba fechou uma cela com uma chapa de aço e deram o nome de chapão, que é uma tortura constante e uma maneira de vingança desumana. Eu não vi uma cela como essa no Brasil, só existe na Paraíba. É uma cela fechada com aço, sem ventilação, sem água, sem roupas, sem comunicação e banhos de sol, onde os presos ficam 30 dias, 40 dias, 55 dias", disse, e fez um apelo: "acabem com esse chamado chapão", destacou.
A vice-coordenadora da Pastoral Carcerária também informou que servidores públicos também fazem parte de uma rede de corrupção.
"Há um sistema de corrupção por parte dos servidores, com ajuda dos servidores sim, senão toda quantidade de droga que existe nos presídios, não cabem em todas as partes íntimas das mulheres do mundo todo. Não cabe" concluiu.
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