Os 12 deputados federais da Paraíba têm trabalhado, dia e noite, no sentido de ampliar- nas eleições do próximo ano- as votações que obtiveram nas eleições de 2010. Naquele ano, pouco mais de 2 milhões de eleitores votaram para deputado federal.
O quociente eleitoral foi de 169 mil votos. O quociente eleitoral é o método pelo qual são distribuídas as vagas para deputado e resulta da quantidade de votos que cada deputado precisa para ser eleito, quando se divide o número de votantes pelas cadeiras oferecidas.
A Paraíba tem 12 vagas. Em 2014, é possível que 2,1 milhões de eleitores (um pouco mais ou um pouco menos) votem para deputado federal. Se assim for, o quociente eleitoral será na faixa de 174 mil votos, o que tornará a disputa mais acirrada e competitiva entre os candidatos a deputado federal e pode proporcionar uma renovação na bancada em torno de 30%, tendo em vista alguns nomes novos e fortes que estarão na disputa.
Por isso, os atuais deputados terão que se desdobrar para manter suas vagas. Caso não aumentem as votações, alguns correm o risco de não voltar para a Câmara Federal. Como a situação é difícil, pretensos candidatos (com reais condições de vitória) também vão apelar para as sobras no quociente eleitoral.
Levando em consideração que o PMDB sozinho obtenha 400 mil votos para deputado federal, o partido elegeria dois deputados e teria 50 mil votos para o terceiro colocado que entraria na briga por uma vaga com as sobras. Caso o PMDB se coligue com o PR, os dois partidos podem obter 600 mil votos e eleger três deputados, com sobra suficiente de 75 mil votos, que poderá levar à conquista da quarta vaga.
No PMDB, os nomes mais fortes são os dos deputados Manoel Júnior, Hugo Motta e Nilda Gondim e do ex-governador José Maranhão, que decidiu disputar uma vaga na Câmara. No PR, o mais forte é Wellington Roberto, que já tem mandato.
Caso o PSDB se junte com o PSB, PDT e DEM, a coligação poderá ter entre 550 mil e 600 votos e eleger três deputados, com sobra que pode variar de 25 mil a 75 mil votos. Essa possível sobra poderá ser útil para um quarto nome do grupo.
Os nomes mais fortes do PSDB são os do deputado Ruy Carneiro e do estreante Pedro Cunha Lima, filho do senador Cássio Cunha Lima. O PSB apostará em Edvaldo Rosas (presidente do partido) e Evaldo Costa (secretário de Comunicação de Pernambuco, que é paraibano de Parari).
O PDT apostará no nome do deputado Damião Feliciano e o DEM terará reeleger o deputado Efraim Filho. É possível que um deputado fique fora da bancada federal, caso se confirma a coligação entre PSDB, PSB, PDT e DEM.
PTB e SDD: fiel da balança
Se o esquema PMDB/PR eleger três e o esquema PSDB, PSB, PDT e DEM também eleger três, sobrarão seis vagas para PT, PP, PSC, PTB, SDD (Solidariedade), Pros, e outros.
A coligação que deve ser formada pelo PT, PSC e PP pode chegar a 400 mil votos e eleger dois deputados e ter uma sobra de 60 mil votos, que pode eleger o terceiro.
Os nomes mais fortes no grupo são: Lucélio Cartaxo (PT), Luiz Couto (PT), Aguinaldo Ribeiro (PP), Leonardo Gadelha (PSC).
O PTB, segundo o ex-senador Wilson Santiago, pode sair sozinho e reeleger o deputado Wilson Filho com mais de 200 mil votos.
O PTB tanto pode contribuir para eleger mais um deputado na coligação encabeçada pelo PSDB, como nas encabeçadas pelo PT e pelo PMDB.
“O PTB pode ser o fiel da balança para eleger mais um deputado, além de Wilson Filho, dependendo do lado para o qual o partido pender. Vamos esperar o tempo certo para decidir. Podemos garantir mais um em qualquer das coligações. A expectativa do PTB é fazer 250 mil votos. Se sairmos sozinhos, vamos forçar a barra para eleger dois deputados”, comentou o presidente estadual do partido, Wilson Santiago.
Solidariedade (SDD)
Outro partido que pode contribuir para eleger mais um federal em qualquer das coligações será o SDD do deputado Benjamin Maranhão. Se o SDD se juntar ao PT, PP e PSC elegerá o terceiro aproveitando uma sobra de 60 mil votos. Se o partido pender para a coligação liderada pelo PSDB, também pode eleger mais um, caso a sobra seja de 75 mil votos.
O mesmo cenário pode acontecer se o SDD pender para o lado do PMDB. Neste caso, o SDD poderá apenas reforçar as votações do PMDB e PR e eleger outro peemedebista.
É possível que o deputado Benjamin Maranhão não queira conversa com o PMDB, até porque está rompido com o tio, o ex-governador José Maranhão, que também disputará uma vaga de deputado federal.
Partidos menores como o Pros, PV, PEN, entre outros, tentarão abocanhar pelo menos uma vaga na bancada federal da Paraíba.
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