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Na minha juventude vibrei com um político que dizia: "Eu sonho com um país em que todos vivam e não apenas sobrevivam, onde as oportunidades sejam iguais para todos."
Esse político chamado Roberto Freire era uma inspiração da juventude.
O tempo passou. O comunista virou socialista.
O tempo passou. O comunista virou poleiro de tucano ao aceitar ser deputado em terras alheias. Representando um povo que não conhecia e que não o conhecia.
Já sabia que na sua terra não teria mais sucesso e, rendido ao pragmatismo individual, já não se permitia sonhar.
Hoje, não fala mais em vencer uma eleição. Para ele, tanto faz Aécio ou Eduardo. O importante é derrotar o Partido dos Trabalhadores.
Derrotar não deve ser o sonho de ninguém. Vencer sim, este deve ser o objetivo de cada agente político para fortalecer suas crenças e suas ideias.
A anti-ideia não deve ter lugar.
Fica a impressão de que terá seu apoio aquele que lhe oferecer uma vaga no Congresso. Seja por Minas Gerais de Aécio, por Pernambuco de Eduardo ou por São Paulo de Serra.
Representação popular? Não. Isso se chama autorepresentação.
O sonho acabou.
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