A seca que aflige o sertão pernambucano tem também o seu lado positivo, por mais paradoxal que isso parecer. Ela é a maior dos últimos 50 anos e isso levou os governos estadual e federal à conclusão de que alguma coisa teria que ser feita para evitar sua repetição. Como bem lembrou recentemente o bispo diocesano de Afogados da Ingazeira, o italiano Egidio Bisol, quando ele chegou à região na década de 80 a população já sofria com a seca e 30 anos depois o quadro não se alterou.
Agora, felizmente, parece que o governo federal chegou à conclusão de que não dava mais para enfrentar esse problema com medidas paliativas como a contratação de carros pipa e a abertura de frentes de emergência. A solução definitiva para evitar o colapso d’água nas cidades é a construção de adutoras, aproveitando uma dádiva que a natureza nos deu que foi o rio São Francisco. Já se fez a do Oeste, no Araripe, e outras duas estão em andamento: a do Agreste e a do Sertão (Pajeú).
Quando essas obras forem concluídas, pelo menos água para o consumo humano e para matar a sede dos animais os municípios pernambucanos terão. E o Nordeste de um modo geral quando as obras da transposição do São Francisco forem encerradas. É quando o governo federal irá se dá conta de que fica muito mais barato enfrentar o problema de forma definitiva, com a construção de adutoras, do que atacá-lo de forma emergencial conforme se fez no Nordeste desde a seca de 1877.
É o cara 1! – Do senador Humberto Costa, passando pelos deputados federais Pedro Eugênio, João Paulo e Fernando Ferro, o PT pernambucano está convencido de que adquiriu um grande quadro político no Sertão, que é o novo prefeito de Serra Talhada Luciano Duque (ex-PR).
É o cara 2 – O ministro Fernando Bezerra, que esteve ontem em Serra Talhada para sobrevoar as obras da adutora do Pajeú, também tem boa impressão do seu prefeito, que está cada vez mais próximo do deputado federal Gonzaga Patriota (PSB), seu ex-opositor político em Petrolina.
Rio Jordão – Se o governo federal tivesse se inspirado em Israel, já teria coberto há muito tempo toda a região Nordeste com adutoras. O país está encravado no meio de um deserto e o seu índice de precipitação pluviométrica é mínimo: 200 milímetros por ano. Mesmo assim sua população não sofre com a falta d’água porque todo o país é irrigado com água do rio Jordão.
Ex-aliado – Durou pouco a aliança política do vereador de Goiana Beto Gadelha (PTC) com o novo prefeito e seu primo em segundo grau Fred Gadelha (PTB). Beto, que já foi prefeito duas vezes e foi o segundo vereador menos votado em 2012, queria o apoio do primo para ser presidente da Câmara Municipal. Mas foi atropelado por João Bosco (PSC) e culpa o prefeito.
As bandeiras – O vereador recifense Jayme Asfora (PMDB) pretende defender na Câmara duas bandeiras em relação às quais terá poucos concorrentes: a da transparência total e absoluta na gestão da coisa pública e a defesa da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e travestis).
A recusa – Circulam versões no PSB de que o partido não gostou da atitude do deputado federal Danilo Cabral de não aceitar a convocação de sua executiva para se candidatar a prefeito de Ipojuca. Eduardo Campos “adotou” o tucano Carlos Santana como candidato e o elegeu.
O festaço – A crise que aflige as pequenas prefeituras não chegou, felizmente, à de Gameleira, pobre município da Mata Sul. A nova prefeita Yeda Augusta Santos Oliveira (PTB) contratou 12 bandas para as festas do mês de janeiro a um custo total de R$ 420 mil. Só com Forró do Muído, Mastruz com Leite, Limão com Mel e Forró dos Plays a prefeitura gastará R$ 237 mil.
Sem jeito – O ex-prefeito de Catende, Odorico Freire (PSB), não crê que a reunião que será comandada hoje pelo secretário Aluízio Lessa sobre a Usina Catende terá um final feliz. Ele diz que a solução para tirá-la da crise é a que foi proposta por Miguel Arraes há 20 anos: entregá-la aos trabalhadores.
A extinção – O secretário Paulo Câmara (fazenda) fechou as coletorias de Santa Maria da Boa Vista, São José do Egito, Limoeiro, Pesqueira, Bezerros, Lajedo, Escada e Igarassu porque elas não serviam mais. Os servidores não tinham o que fazer porque o contribuinte pode realizar seus negócios ela internet.
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