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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

ANDRÉ DE PAULA QUER INDEPENDÊNCIA COM RELAÇÃO À PRESIDENTE



Até o mês de março o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab deverá decidir se entra oficialmente na base de Governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Durante esse período, o presidente nacional do partido vai se reunir com a executiva e os dirigentes regionais para ouvir as sugestões de cada representante. 
 
O presidente estadual do PSD, o ex-deputado André de Paula, vai defender uma relação de independência em relação à gestão petista. Segundo ele, essa sugestão será levada à Kassab porque a sigla tem um compromisso com o governador Eduardo Campos (PSB) que deverá ser levado em consideração no próximo pleito presidencial.

De acordo com André de Paula, o PSD no Estado vai estar no projeto do governador de qualquer maneira. “Aqui em Pernambuco estaremos com o governador Eduardo Campos em qualquer hipótese, se ele for em 2018 ou se for em 2014. Hoje o governador está com a presidente Dilma Rousseff, mas se, eventualmente, ele estiver em outro palanque, nós estaremos com ele. E nós pernambucanos torcemos para que isso aconteça”, afirmou o pessedista. “Se a candidatura do governador se consolidar, estamos com ele, se não acontecer não teremos dificuldade nenhuma de estar ao lado da reeleição de Dilma”, completou.
Para o presidente estadual, a atual relação de independência entre o PSD e o PT a nível federal dá mais tranquilidade para o partido tomar uma decisão quando o cenário da eleição presidencial se consolidar. Neste sentido, o pessedista é contrário à ideia de o partido assumir um ministério. Inclusive, Kassab declinou do convite feito por Dilma para assumir uma das pastas. O líder da sigla tem o projeto de ser candidato ao Governo de São Paulo e ocupar essa função atrapalharia seus planos.

Pelo menos dois estados teriam dificuldade em aderir à base da presidente Dilma, já que a relação com o PT em seus redutos não é amigável. Em Santa Catarina, o governador, Raimundo Colombo (PSD), já deixou claro que não tem como se aliar aos petistas. Já no Amapá, as dificuldades são colocadas pelos petistas Tião Viana e Jorge Viana. “Se ao final desta consulta, a maioria optar por este caminho (de aliança a nível nacional), vou respeitar”, ponderou André de Paula.

Por: Jumariana Oliveira/Folha de Pernambuco

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