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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Ipojuca: ex-prefeito é condenado em primeira instância

Depois de ter sido acusado de entregar a gestão no 'escuro' ao seu sucessor, o ex-prefeito de Ipojuca, Pedro Serafim (PDT), foi condenado em primeira instância pelo crime de improbidade administrativa. O juiz responsável pela comarca do município, Haroldo Carneiro Leão, determinou a suspensão dos direitos políticos do pedetista, além da aplicação de multa no valor de R$ 15 mil e a devolução de R$ 5.427,61 aos cofres públicos.

O processo se originou a partir de denúncia feita pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), em 2010, apontando a existência de funcionários-fantasma na prefeitura do município. Na época, Pedro Serafim foi acusado de nomear a servidora Eliane Maria da Silva sem que ela tivesse dado um dia de expediente sequer na administração municipal. O curioso é que a denúncia partiu da própria funcionária, que espontaneamente procurou o MPPE para revelar o caso.

Eliane conta que havia conseguido o 'emprego' por intermédio do seu ex-marido, Genival Pereira da Silva, mas resolveu esclarecer a farsa quando se divorciou e, juntamente com a separação, perdeu o posto que ocupava na Secretaria de Segurança Cidadã. O ex-marido, que também era funcionário da Prefeitura de Ipojuca, foi condenado - assim como o ex-prefeito - a pagar uma multa de R$ 15 mil ao erário e ainda devolver a quantia de R$ 5.427,61, correspondente aos meses de salário recebidos por sua ex-mulher.

O secretário municipal da Fazenda, Maurison da Costa Gomes, recebeu a mesma condenação. Já a ex-servidora Eliane da Silva terá que pagar multa de R$ 6 mil. Como o julgamento ocorreu em primeira instância, ainda cabe recurso aos quatro réus. Caso a sentença seja mantida, Pedro Serafim ficará inelegível pelo período de oito anos.

Ontem (8), o atual gestor do município, Carlos Santana (PSDB), voltou a tecer críticas ao antecessor. O tucano alegou que os carnês do IPTU relativos ao ano de 2012 não foram distribuídos corretamente e que a arrecadação do imposto no município é a mesma desde 2004.

O ex-prefeito Pedro Serafim não foi localizado pela equipe de reportagem do Jornal do Commercio para comentar os fatos apresentados na matéria.

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