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segunda-feira, 27 de junho de 2011

MEU PATRIMÔNIO E ABSOLUTAMENTE EXPLICÁVEL DIZ MENDONCINHA


Figurado entre os dez parlamentares donos ou sócios de empresas de consultoria no Brasil, como mostrou reportagem do jornal Estado de São Paulo, o deputado federal Mendonça Filho (DEM) negou que seu empreendimento - a A2B Consultoria - continua na ativa. O negócio, em sociedade com seus dois filhos, teve a atividade encerrada em fevereiro desde ano, coincidindo com o início da legislatura na Câmara Federal. Além da A2B Consultoria, o democrata tem cota de ações no capital social da Vale do Cumbre Participações LDTA - empresa de participações e investimentos. Na declaração de bens entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no ano passado, o democrata ainda tem seu nome relacionado à empresa Mendonça Bezerra Participações.



Somando o capital dos três empreendimentos, Mendonça Filho declarou R$ 1.034.285,00 ao TSE em 2010. Foram R$ 9.000 da A2B Consultoria, R$ R$ 825.025 da Vale do Cumbre e R$ 200.260, da Mendonça Bezerra Participações. Apesar do envolvimento nos negócios, o democrata esclareceu que sua situação difere a do ex-ministro chefe da Casa Civil, Antônio Palocci (PT), que deixou o Governo Federal após suspeita sobre a sua evolução patrimonial nos últimos quatro anos. "Meu patrimônio é absolutamente explicável, ao contrário do ex-ministro", respondeu o deputado, ao Blog da Folha.



Mendonça Filho contou que a empresa A2B Consultoria foi criada logo após o término de seu mandato como governador do Estado, em 2006. O deputado federal é o sócio majoritário do empreendimento. "Terminou meu mandato no governo e passei quatro anos sem exerce à atividade pública. Por isso abri a empresa para prestar consultoria", explicou. Na Vale do Cumbre, o democrata disse que tem cota de ações, mas não detém a maior parte do empreendimento. "Tenho apenas ações, mas não participo diretamente na empresa", afirmou.



O deputado informou que foi orientado, juridicamente, a encerrar as atividades de sua empresa. Ele destacou que o fato de ter um mandato parlamentar e gerir uma empresa privada pode causa um "conflito ético". "Sou deputado e não posso exercer atividades de gestão empresarial, muito menos atuar como consultor. Primeiro, tem um conflito ético nisso, por exercer as duas funções, uma de agente público e outra como empresário, ao mesmo tempo. E do ponto de vista jurídico, não tem compatibilidade realizar as duas funções. Meu procedimento (de encerrar a atividade empresarial) é o correto", defendeu Mendonça Filho.



O democrata reforçou que sempre conviveu prestando consultoria e desde que assumiu o mandato, neste ano, afastou-se da atividade empresarial. Na reportagem do Estado de São Paulo, os deputados Newton Cardoso (PMDB-MG), João Maia (PR-RN), Anthony Garotinho (PR-RJ), Salvador Zimbaldi (PSDB-SP), Gabriel Guimarães (PT-MG), Sandro Mabel (PR-GO), Júlio Lopes (PP-RJ) e o senador Tião Viana (PT-AC) declararam ser donos ou ter participação em empresas, mas que os negócios estão inativos, negando semelhança com o caso de Antônio Palocci.

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