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sábado, 1 de fevereiro de 2014

BEIJO GAY É CONSIDERADO HISTÓRICO E VIRA O ASSUNTO DO FINAL DE SEMANA NO BRASIL


Não se sabe se foi pelas cobranças nas redes sociais ou sinal dos novos tempos mesmo: o fato é que no último capítulo de “Amor à Vida” aconteceu um beijo gay, entre os personagens Félix e Carneirinho. Em novelas anteriores a Globo se recusou a mostrar homossexuais se beijando. Chegou ao ponto de matar duas mulheres, num folhetim de alguns anos atrás, porque as personagens estavam “chocando” a sociedade brasileira.

Um simples beijo de novela (entre dois homens) começou a repercutir imensamente ontem à noite mesmo, nos lares, nas ruas, nos sites, nos blogs, nas redes sociais. Hoje o assunto é pauta obrigatória da pequena e da grande imprensa e a foto de Mateus Solano e Tiago Fragoso tocando os lábios pode ser vista em inúmeros sítios da internet.

Há quem avalie que foi um “beijo choco”, tímido, que poderia ter sido mais quente. Outros comemoraram como uma vitória. “A maioria esperava esta cena. Foi lindo! Xô preconceito”, escreveu Margarida Galdino, no Facebook. “Super achei!! Já tava me dando agonia o tanto de casamento! E o final de Félix com César foi uó!!!”, comemorou Luisa Lima, também na Rede Social. Mas tem gente que não gostou como Leonard Neves. “Respeito qualquer pessoa, independente de orientação sexual, cor, peso e o que mais apareça. Porém acho um nojo um homem beijar outro”, criticou.

VALOR HISTÓRICO - Para o crítico Maurício Stycer, da Folha de São Paulo e Portal UOL, apesar dos muitos erros da novela “Amor à Vida” o primeiro beijo entre dois homens na televisão tem valor histórico e significa muito na luta dos homossexuais pelos seus direitos.

“Ao unir o novo Félix, vilão arrependido com pose de super-herói, com o bondoso Niko, pai de duas crianças, o autor teve a oportunidade de criar um casal gay diferente, em tudo simpático. O beijo final apenas coroou este acerto”, elogiou Stycer.

O jornalista criticou a novela em vários momentos, principalmente por conta da mudança de personalidade de vários personagens. Ele apelidou o Ninho (Juliano Cazarré) de sete faces, por tantas alterações de comportamento e registrou que José Wilker e Francisco Couco ganharam papeis completamente ridículos.

Walcyr Carrasco, o autor da novela global, não gostou das críticas e acusou o jornalista de ter um problema pessoal com ele.

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