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domingo, 26 de agosto de 2012

Cabo Bruno: ''Mente aberta e fazer obra de Deus''

Mais conhecido matador da história de São Paulo, ex-PM afirma que, quanto menos se expor, melhor. Além de atuar como pastor evangélico e artista plástico, ele pensa em fazer curso profissionalizante.

O ex-PM Florisvaldo de Oliveira, o Cabo Bruno, 53, disse ontem, um dia depois de deixar a prisão após 27 anos, que sua vida daqui para frente 'será fazer a obra de Deus'.

'Sou pastor evangélico. Minha família é evangélica. Deus me preparou nesses 20 anos exatamente para isso.'

Bruno falou com a reportagem por telefone, da casa onde mora desde anteontem com a mulher, a pastora evangélica e cantora gospel Dayse da Silva Oliveira, 45, e dois dos três enteados, em Pindamonhangaba (156 km de SP).

Acusado de comandar um grupo de extermínio e de matar mais de 50 pessoas na zona sul de São Paulo nos anos 1980, Bruno obteve da Justiça um indulto (perdão judicial) porque cumpriu ininterruptamente mais de 20 anos de sua pena, de 117 anos.

Questionado se viver como pastor lhe traria a renda necessária, disse: 'Talvez não no início. Mas, futuramente, sim. Fora isso, eu tenho outros meios. Sou artista plástico. E pretendo fazer algum curso profissionalizante para o caso de emergência'. Ele disse ainda não ter decidido qual curso pretende fazer.

'Embora eu tenha uma idade já meio avançada, Deus me deu saúde, sabedoria, uma mente boa, preservou minha mente', afirmou.

Cabo Bruno disse estar 'ótimo'. 'Em liberdade, com a família. É outra vida, né?' O ex-policial militar não quis se alongar sobre a vida que levou preso. 'Fiquei três anos no semiaberto, sem poder sair, só saí dias atrás (no Dia dos Pais). É difícil explicar.'

Ele disse não querer, por enquanto, mostrar o rosto. 'Eu terminei com um trauma desse negócio da imprensa. Quanto mais eu puder evitar [ser exposto], é melhor.'

IGREJA

Sua mulher, Dayse, lidera a Igreja Pentecostal Refúgio em Cristo, na vizinha Taubaté. Segundo ela, Cabo Bruno não irá amanhã ao culto dominical, para evitar o assédio da imprensa e de curiosos e não atrapalhar a celebração.

Ele foi à igreja há duas semanas, mas não sabe quando passará a ir aos cultos. Ontem, ele saiu de casa duas vezes: foi comprar roupas e conhecer a casa de um amigo. (Jornal Agora)

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